CARTA ABERTA AOS MOTORISTAS PORTO-ALEGRENSES

por Marcelo Träsel

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Caros Senhores,

Venho por meio desta alertar e fazer um pedido. Ontem, ao atravessar a Avenida Carlos Gomes, na esquina com a Avenida Plínio Brasil Milano, quase fui atingido por um veículo saído desta em direção àquela. Estava eu no meio da faixa, quando o Audi A4 simplesmente saiu da linha reta que seguia pela Plínio e entrou na Carlos Gomes, descrevendo uma curva à direita. Parei no meio da rua e fiz contato visual com o motorista, esperando que ele me visse e dirigisse o veículo para longe. Fui visto, mas tive de dar um passo atrás para não ter meu pé esmagado dentro dos All-Stars. Não foi a primeira vez em que situação semelhante ocorreu, neste e noutros cruzamentos. Noto, inclusive, que estes fatos têm se repetido cada vez mais à medida em que os meses avançam.

Esta situação perigosa e constrangedora não teria ocorrido se o referido motorista houvesse utilizado um equipamento simples e útil, mas que parece caído em desuso na capital rio-grandense. Trata-se do sinalizador, popularmente conhecido como pisca-pisca. Para quem não conhece, é uma alavanca, à esquerda do guidom, que ao ser acionada faz as sinaleiras amarelas do lado direito ou esquerdo do veículo piscarem. Se empurrada para baixo, serão as luzes da esquerda, se para cima, as da direita. Este inteligente invento, supões-se, deve ser utilizado quando o motorista decidir descrever uma curva. Se para o lado direito, a alavanca deve ser acionada para baixo, conseqüentemente ligando as sinaleiras amarelas ao lado direito do veículo. Quando a curva for à esquerda, o sistema funciona ao contrário. O objetivo é avisar aos outros motoristas e aos pedestres que uma mudança de direção é pretendida, evitando confusões de efeitos funestos.

No sentido de preservar a vida dos pedestres e os pára-lamas dos automóveis, insto os distraídos motoristas porto-alegrenses a observarem o uso dos sinalizadores em todas as situações curvilíneas.

Grato pela compreensão,

Marcelo Träsel