Bem aventurados os meus textículos
( em duas partes ou duas bolas...)
por Frank Jorge
Dê um chute no patrão ( primeira parte ou primeira bola...)
A estória não é completa não é inteira e por isto mesmo não teve tempo de
dar um chute no patrão. Ele queria ser como o vizinho que tinha um carro
legal e era solteiro, mas na verdade ele não queria ser barrigudo,
desvinculado do discurso politicamente correto do padeiro em dia de
seresta. Moveu-se um pouco na cama em direção ao filme e ela não acordou.
Seguiu compenetrado pensando que amanhã seria outro dia. Ouviu sua voz
interior e não conseguiu escutar todos os resultados da última rodada do
Brasileirão. Lembrou que tinha escondido uma faca no meio de uma pilha de
jornais. O filme tinha um monte de nerds, americanas peitudas e um durão
feito Charles Bronson matando todos os marginais do bairro. Peidou e
transfigurou seus gestos em busca dos gases perdidos. Percebeu que não
estava fazendo a mínima diferença o Palmeiras ter comprado meio time do
Grêmio e sentiu no mesmo instante que os pés gelados já não se comunicavam
como antigamente. As armas que resolviam o problema do filme não se
comparavam a um repertório cheio de canções lentas, sinceras, que falam de
amor. Sentiu calor. Urinou respingando bastante sem esquecer que a última
gota é das cuecas. Não estabeleceu nexos entre o sono, o filme, o mijo e o
seu sacocheismo. A faca, muito menos vai entrar na estória. Retornou ao
quarto e o Charles Bronson preparava-se para bater com um pedaço de ferro
na sua consciência. Foi aí que entrou a clássica frase de uma canção em sua
cabeça:-Eu vou pra Maracangalha, eu vou. Colocou uma roupa, saiu e nunca
mais se teve notícia do homi no mundo civilizado.
* homenagem aos que não enchem o saco de ninguém e aos Garotos da Rua que
criaram o hiteenager Tô de saco cheio
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Para treinar caligrafia no bloco de notas ( segunda parte ou segunda
bola )
O alto-falante berrou e me acordou de mal humor
O alto-falante não pode passar da linha amarela
O alto-falante escorrega mil vai três sobra sete
O alto-falante estridentava no boquete
Ela reclamou do caráter regional dos textos
Ela não gritava quando gozava
Ela queria ser uma prostituta
Ela detestava a mãe e os irmãos
Ele chupava manga por gosto
Ele dava o cu só em agosto
Ele era violento feito Lasier
Ele morava perto do Carrefour
Todos compraram vinho numa promoção do Zaffari
Todos andavam com uma certa caganeira nos últimos tempos
Todos se achavam muito importatntes
Todos eram donos de uma merda de ego
O publicitário saiu sem o seu Motorola
O publicitário não joga bola
O publicitário e muito esperto, yeah
O publicitário tem uma banda cover
O gaúcho come a prenda
O gaúcho trepa na árvore
O gaúcho sobe na vida
O gaúcho corre no lusco fusco da noite