A ORDEM
por Clarah Averbuck
A ordem foi escolher entre meu corpo e minha alma. Ambos são teus, mas, segundo a ordem, tinha que escolher. Girando em torno do Sol, segue a ordem que vem de dentro, te ouve. Senão, é falsa moral. É não ser livre. É sucumbir ao que tu não quer, é ser o que tu critica. Deixa fluir, faz o que tu sentir, não te prende ao que querem, nem ao que quer que seja, não existe certo ou errado, são só caminhos opostos. E eu expando a minha luz, Clarah, sem me reprimir nem me culpar. Eu sigo a minha ordem. Sou líder da minha vida, e a minha liberdade é de alma, mas mantém o corpo preso. E eu queimo, me queimo, ardo em febre, ferro em brasa, minha carne, meu karma. Ainda não somos seres etéreos, luv. Ainda temos essa carne densa que nos prende e nos afasta. Mas não faz mal. Tu escolheu minha alma.