NÃO é bom!
O cinema portoalegrense presente em todas as telas (de computador) da cidade.
por Marcello Lima
Eu fiquei sabendo do NAO-TIL só lá pelo número 54. Foi quando eu comecei a brincar mais assiduamente na internet. Aquele que tem a brincadeirinha do "vai encarar?". Caí que nem um pato. Foi nessa mesma época que entrei para o mundo do cinema, com um superoito sem nenhuma pretenção de revolucionar a estética do cinema gaúcho ou coisa parecida. Mas acabei por entrar no barco dos "magríssimos". O que acabou me botando no mailing list do Gerbase, que me manda uma mensagem pedindo uma contribuição para o NÃO.
Bom, estamos no NÃO 61, e revisitando as entranhas do meu winchester, fazendo uma retrospectiva dos últimos tempos me deliciei com um desfile de barbaridades. Richas sobre prêmios públicos. Richas sobre a estética cinematográfica dos que fazem filme em 35mm e dos que fazem 8mm. Já tentaram explicar o "fenômeno" super-8 (what a bunch of crap) por uma dezena de rótulos infelizes. Me chamaram até de CINEASTA, vejam o absurdo. Fizeram polêmica daqui e dali. E inflaram o ego de uma dúzia de amadores (não me refiro ao Trein e o Spolidoro, que são muito bons - o resto são uns bostas, inclusive tu Brandau e o Zanella também, até provarem o contrário.)
Mas por um lado isso tudo é legal. Fez-se uma correspondência vitual onde muitas coisas boas acontecem. Se chingam as senhoras nossas mães sem o menor pudor. Recebe-se condolências pela morte do Kubrik e do Leverdógil. Recebo mensagens onde o meu nome está no meio de nomes como Guel Arraes, Murillo Salles, Nei Lisboa, Zé Pedro, etc. Manda-se correntes de azar para todos os amigos, convites para festas no Garagem, mandam fotos-escândalo das atrocidades cometidas no último festival de Gramado (eu tenho umas pérolas). Vejo também mensagens como: "Feliz Natal" ou "...vai tomá no cú Cristian!" Já tivemos o disprazer de ver a bunda do Rodrigo Portela nos pictoriais do NÃO. Tivemos o prazer de ver outras senhoritas seminuas nessas mesmas sessões. E assim vai. É tudo uma grande diversão.
O negócio é que esse ano o dólar foi às alturas, talvez não dê pra fazer filme nenhum (eu, pelo menos, estou duro), mas enquanto tiver um teclado e uma linha telefônica a gente faz a festa. E acreditem, muitas festas virão este ano. Um grande abraço, e viva o cinema virtual!