Por Jorge Furtado 
3 de julho, 11:37 

A campanha de lançamento da "nova telefonia" está pagando um mico histórico. Nunca se viu tamanha verba publicitária desperdiçada. Gastou-se mundos (deles) e fundos (nossos) em questões como os belos olhos de Ana Paulo Aróssio e Luana Piovani, as cuecas dos gordinhos DDD ou as rimas do Gaúcho da Fronteira. Depois de milhares de filmes, piadas, capas e contracapas, fiquei sabendo apenas ontem à noite, num telejornal, que só poderia ligar para o Rio pelo 21. E nada sobre os preços, a única questão realmente importante até que o uso crie outros critérios, como qualidade do serviço e clareza no atendimento ao usuário. 

Vesti minha melhor roupa para fazer, há pouco, meu primeiro 21. Foi com grande emoção que segurei o fone, como quem levasse Ana Paulo Aróssio pela mão através de uma bela colagem de cenas deste imenso país tropical. Com os dedos trêmulos enfrentei a longa série de números. Zero, oh sim!, vinte e ummmmmm... foi bom..., aí vem outro vinte ummmm... meu Deus,.... e agora o número da pessoa com quem você quer falar, sim...., agora, vamos... 

Sou atendido por uma gravação da Telemar. O garoto propaganda da Telemar é o Márcio Garcia, o Peri de Norma Benguel! Isso é que eu chamo de propaganda enganosa.  

Desculpe parar aqui, mas tenho que mandar um e-mail, a única forma possível de comunicação com o Rio até que não sei quem (sei que não é mais um servidor público) resolva o nó que deu nos telefones do país. Alô pessoal! Parem de contar os lucros dos leilões por um minuto e façam seu serviço. A fila aqui tá grande! 

Jorge Furtado