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DOGMA 1,99 Por Frederico Pinto Caro Editor e duble de galã da Malhação, Tinha escrito uma vasta crítica sobre o teu "Dogma 99". Felizmente (era muito extensa e chata...) não sei onde foi parar este arquivo. basicamente, falava sobre a grandiloqüência do teu dogma. Acho um absurdo essa proposta de CAPTAR IMAGENS. E o pior é que nessa ambição descabida de tu não poupaste nem o coitado do tio Atanázio e sua velha VHS. Captar imagens é anti-ecológico e muito caro! Estamos na era do "hiper-pós-moderno", na era do "grau xeróx de cultura", na era do reciclável. Vou poupar explicações. Elas já foram dadas. É só furtá-las do último texto do Furtado. É só plagicombinar o último disco do Tom Zé. É só ouvir o Milli Vanilli. Mas vamos ao meu arrastão: Dogma 1,99 * Regra única: NADA SE FILMA, TUDO SE COPIA. * O título, por sí só, já é um plágio deslavado. (o autor da pérola antes de me processar me mande um e-mail). Receitas Econômicas: 1. "Ray Charles": Consiga um filme velado, roube um CD do Ray Charles do seu tio Atanázio (ele já está acostumado...) e é só exibir. Para evitar o sono da platéia, convém balançar o projetor. Variações: A) Steve Wonder. 2. "1-2-3-4": Consiga alguns rolos de starts, monte e exiba o filme. Variações: A) 4-3-2-1 3. Versão do Diretor: Coloque no cartaz uma enorme tarja escrito " Versão do Diretor" e exiba a versão original. Muito indicado para filmes cujo diretor, o produtor, o ator, o montador, diretor de fotografia e o tratador de animais são a mesma pessoa. Variações: A) Versão do Produtor 4. "Décimo-oitavo selo": Roube o filme do editor do Não, acrescente "décimo" no título, mude o nome do diretor e é só exibir. Depois de um ano pode ser relançado como "a versão do diretor". Porto Alegre, 30 de junho de 1999. Frederico Pinto |