"O Brasil quem U.S.A. somos nós!"
de Rodrigo Martins Costa
Após algumas lutas e manifestações nossos governantes estão recuando em algumas ações que vinham tomando. Recuaram no reajuste dos combustíveis, mas por um breve espaço de tempo pois os combustíveis subiram de novo. Recuou quanto aos acordos com o FMI, que, entre outras coisas regulavam o preço dos combustíveis, especificamente os derivados do petróleo.
O governo continua dizendo que o maior problema brasileiro é o desemprego. Que esse é o "único e pequeno" problema a ser resolvido. Que apesar disso vencemos a guerra contra a inflação. O que poucos sabem é que atualmente não é mais a inflação que mede o grau de desenvolvimento ou subdesenvolvimento de um país. Há outros fatores como taxas de natalidade e mortalidade infantil, Produto Interno Bruto (PIB) entre outros. Mas o que tem regulado mesmo a economia atualmente são as taxas de câmbio. Na verdade o que segura a economia brasileira realmente é o FMI e o Sr. Larry Summers, secretário do tesouro norte-americano. São eles quem decidem os rumos da economia nacional.
É claro que o FMI e a Casa Branca sabem que o Brasil está na corda bamba, mas não é interessante que o povo saiba disso da noite pro dia. Isso poderia aumentar ainda mais a impopularidade do presidente e causar um impeachment ou coisa parecida, o que não seria nem um pouco interessante às nações que querem comprar o brasil. O Tio Sam quer primeiramente que FHC concretize todo o seu plano de governo, incluindo a total desestatização das empresas, incluindo as ligadas ao petróleo, que, diga-se de passagem, são extremamente lucrativas. A grande justificativa para as privatizações era o pagamento da dívida. Porém, a dívida não foi paga, muito pelo contrário, triplicou. Só pra se ter uma idéia, a Telebrás foi vendida por 22 milhões só que, antes da venda o governo investiu quase 20 milhões em equipamentos, infra-estrutura, etc., só para deixar tudo bonitinho para os novos donos, ou seja, preço real de venda da Telebrás: R$ 2 milhões de reais, o que não dá pra pagar nem um décimo da dívida externa.
Fica muito claro que a política de FHC é de total "entreguismo" da nação ao poder estrangeiro. O problema é que a mídia brasileira tem o rabo preso com o governo e não mostra a verdade do fatos. A simples leitura de jornais estrangeiros, ou de revistas virtuais (internet) entre outras pode ser muito reveladora.
Um ultimo exemplo: todos estão aclamando ACM porque ele levou a Ford para a Bahia, porém ninguém fala o prejuízo que o estado baiano vai ter nesta transação. Só com isenção de impostos e outras facilidades que ACM concedeu a TERCEIRA MAIOR EMPRESA DO MUNDO, dava para subsidiar novos projetos na área da agricultura e da pequena empresa. O governo, ao invés de facilitar a vida do pequeno e micro empresário, concede facilidades a empresas que estão no topo da pirâmide das mais ricas do globo.
É preciso atentar para estes problemas e acordar do sono, que FHC, ACM, FMI, entre outras siglas nos impuseram. Só mesmo com uma revolução, política, econômica e social, é que o Brasil poderá sair da crise. O Brasil está avançando, porém, está na beira de um abismo.