Cá está o Não 68, mais conhecido como Pepi-Não, o Grande Pepino que o Giba e o Gerbase generosamente largaram nas minhas delicadas mãozinhas. Pedi, levei. Mas eles me enganaram descaradamente. Me disseram que haviam instituído o CENÃO (Conselho Editorial do NÃO), que teria funções reguladoras, castradoras e libertárias. Mentira. Eles largaram o pepino na minha mão e ó, saída estratégica pela esquerda. (sem trocadilhos, por favor)
Mas tudo bem, eu superei. Psicologicamente safenada aos 20 anos, consegui. Nada de frescura, florzinhas, imagenzinhas bonitinhas, corzinhas cegantezinhas nem nada. Um NÃO, só. Não pude publicar todos os textos devido à falta de tempo. Hmm, bem, devido à falta de qualidade de alguns deles também, admito. Mas quem sou eu pra falar da qualidade dos textos alheios? O problema maior foi o tempo, mesmo. Desculpaí, gente. Tentem de novo no NÃO 69. Espero sinceramente que o Editor desse próximo não já tenha escrito um editorial na vida, porque eu estou estreando por aqui.
(por um momento senti vontade de subir na cadeira e gritar " QUEM SOU EU? EU SOU A EDITORA", mas achei que ia ficar chato. Calma, vocês não criaram um monstro)
Esse é o NÃO 68, certo? Remete ao ano de 68, certo? Sejamos realistas: eu só passaria a existir dali a 11 anos e meus pais nem sequer eram adolescentes. O que eu posso dizer? Só o que li, e diga-se de passagem que não foi pouco. Sim, me emputece a minha geração semi-inerte que não tem conhecimento do que aconteceu naquela época. Me emputece que os mesmos sujeitos que estavam lá, comandando a palhaçada, sejam os mesmos que continuam comandando a palhaçada, só que agora têm mais dinheiro, mais poder e mais barriga. Mas não me atrevo a publicar meus pensamentos pós-púberes por aqui, não. Me limito à ficção, que pelo menos não me faz passar tanta vergonha. As vergonhas são publicadas no COL.
O COL- CardosOnline-, pra quem não conhece, é um fanzine virtual muito parecido com o que o NÃO costumava ser em 1723: um jornaleco feito por estudantes da FABICO, extremamente pretensiosos e cheios de idéias. Traçar paralelos entre o COL e o NÃO seria repetição, já que isso foi feito no NÃO 61. Além do mais, o Giba disse, naquele editorial, que nós do COL levávamos o NÃO muito a sério. Bem, devo dizer que você está certo, meu caro. Levamos mesmo. O que você espera de criaturas que têm aula contigo?
Chega.
Leiam o NÃO.
E assinem o COL.