"É preciso fazer da boca uma caverna quente,
Pra nela aconchegar tua dureza explícita;
É preciso fazer da mão, uma seda ardente
Pra com ela incendiar tua macieza nítida;
É preciso fazer da língua, uma espiral de fogo
Pra com ela suavizar teu céu da boca áspero;
Necessito fazer de mim, uma abertura cósmica
Pra nela receber tua grandeza túrgida;
Quero fazer de ti, um inebriante líquido;
Pra com ele me inundar, enquanto gemo bêbada,
Bêbada do líquido de tua lua quente
Teu licor gelado
Teu vinho sagrado."
"Eu quero fazer de ti, um corpo ágil
onde o sangue circule rápido e quente, celeremente,
pra segurar aquela tua intumescência rígida
que me invade e me abre, docemente, mas incandescente,
pra que eu possa sentir a vida fluir furiosamente.
Eu desejo fazer de mim um nicho cálido
pra tu botares o teu corpo dentro,
e saíres tonteado, cheio de néctar em ti grudado;
Eu quero que a gente faça isso sempre,
pra que quando a morte nos tomar de assalto, a vida dê um grito
"isso não importa, a alma está calma e pronta"
por Marília Veríssimo Veronese
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