Enquanto espero por alguma evolução pessoal ou mundial que não vem, vou me distraindo fotografando e comendo sorvete neste parque de diversões. Escrevi pra esta edição meu texto realmente burguês para provar minha total compactuação atual com o establishment. E eu que já fui quase punk. Quase! Mas o que eu me pergunto hoje é por que tanta gente que eu conheço já morou na Rua Tomás Flores? Será porque ela é a rua calma mais bonita do Bomfim? Dos fiéis que eu lembro terem morado nesta pequena ruela de 3 quadras, além de mim, vou citar alguns: Gerbase, Heron, Marco, Oscar, Frank Jorge, Edu K, Polaca, Guazelli, Júpiter, Alex, Beto Andrade, Iuli, Portelinha, Tchê, Lalita, Madava, Puspa, Antonio Guri, etc... Eu sei que há muitos anos decidi viver nesta região para ficar perto do parque, mas quando fui correr às 7h30 da manhã no Dia Internacional da Mulher, um louco bem-vestido tentou me currar ou asfixiar ou sei lá o que ao lado dos pedalinhos. Com minha super-força vinda do fundo da mata consegui jogar o orangotango estatelado na grama e fugi ridícula gritando socorro atrás dos brigadianos cavaleiros. Será que foi porque eu estava de malha vermelha? Talvez ela tenha ajudado. Mas pior do que pensar se uso ou não malha vermelha daqui para frente é ter perdido a coragem de correr ou caminhar sozinha por dentro do meu adorável parque da Redenção da minha infância...Oh, dor!Acharam que não voltávamos? Chegaram a nos tirar do ar! Pois aí vai a nossa mais demorada edição. É o Não 76! Quem não gostar das cores das páginas, pegue um bom livro.