CORRA QUE A POLÍCIA VEM (SERÁ?) AÍ
por Lislei Carrilo
lislei_carrilo@yahoo.com.br
Confusão, medo, correria, lojas com as portas fechadas,
expediente terminando antes da hora, polícia com forte armamento
nas ruas, população querendo um local seguro, caos no
trânsito. Parecia MAD MAX - o filme. Mas o retrato não era
tão bonito como o do ator do filme Mel Gibson, era o da cidade
de São Paulo na segunda-feira 15/5.
Para o governo federal era uma onda de violência que poderia ser
contornada. Para mim não passava e ainda não passa de um
Tsunami que já estava prestes a estourar e ninguém tomou
consciência sobre o assunto. A violência em São
Paulo assina cartão de ponto diariamente e nenhuma autoridade
consegue fazer sua rescisão contratual para que esta acabe.
Sair às ruas foi uma aventura, de fazer inveja aos filmes
western de John Wayne. Mesmo assim insisti e o que vi foram pessoas
assustadas, correndo, com pressa e sem rumo. Os ônibus que
não desapareceram das ruas corriam o risco de serem queimados,
os policiais com armamento pesado vagavam para todos os lados, o
comércio fechou antes do horário, pessoas chorando por
todo lado assustadas e o direito de ir e vir foi quebrado de tudo e de
todos.
O que aconteceu com a minha querida e adotada cidade de São
Paulo? Até quando a população vai esperar para que
o problema seja resolvido? Até quando este tipo de pergunta
deverá ser feito? Até que ponto a violência
terá que chegar para que a segurança de São Paulo
seja sanada? O que precisa ser feito para que tudo volte ao normal e
que nossas vidas sejam de novo – nossas vidas?
Hoje é o dia seguinte ao dia D e a população ainda
tem receio, que para mim é primo do medo. Às 9 horas da
manhã o congestionamento era de 25km na cidade de São
Paulo, o que geralmente chega a 95km neste mesmo horário. Ou
seja, o governador Cláudio Lembo está errado quando fala
que está tudo sob controle. Ainda não há
segurança na cidade, o que mais será preciso acontecer
para mudar este quadro?