Não Cartas (001 a 025)

(25) Makoonaima

Assunto: HOMÔNIMOS E MULHERÔNIMOS

Data: 6 de maio de 1998

Como colaborador do Não, sinto-me na obrigação de proteger o direito humano à privacidade. Por isso, defendo o livre uso do pseudônimo, mesmo admitindo que os editores têm o direito de revelar identidades ou recusar publicações. "Pseudônimo" não quer dizer "anônimo". Isto é, "pseudônimo" e "anônimo" não são sinônimos, nem antônimos, muito menos acrônimos. O pseudônimo permite que o escritor dê vazão a múltiplas personalidades. Esquizofrenia à parte, o pseudônimo proporciona liberdade de espírito e libertação das convenções sociais. Dá início ao processo de criação e desenvolvimento de personagens, enfim, atiça a criatividade. Se isto é uma infração às regras do corpo editorial do Não, bem, então me desculpem, não sou digno de entrar em vossa morada. Minha culpa, minha culpa, minha máxima culpa. Pra ser sincero, estou confuso. Uns dizem que não há de haver limites, outros despejam regras. Será que estamos batendo na velha tecla do "Faça o que eu digo mas não faça o que eu faço"? Entendi que havia interêsse em contribuições, e minha intenção foi a de sugerir melhorias ao dito cujo veículo literário. Ao ler o número 53, me pareceu que o veículo estava com as rodas meio que entaladas em um sulco que vem sendo trilhado há bastante tempo, e senti o impulso de mostrar novas direções, novos sulcos a serem trilhados. Mas, em momento algum, quis atacar pessoalmente qualquer um dos colaboradores e muito menos os editores. O meu alvo de críticas foi, é e será sempre o TEXTO, NADA MAIS DO QUE O TEXTO, SEM MELODRAMAS. Admiro os que me levaram a sério e aplaudo os que não deram a mínima.

Abraço. MAKOONAIMA

(24) Carlos Gerbase

Assunto: BAIXANDO O NÍVEL

Data: 6 de maio de 1998

Esta seção de cartas está esquentando, o que é ótimo e demonstra que o NÃO está bem vivo. Já temos polêmicas, xingações e algumas baixarias. Enfim, diversão, coisa rara na imprensa gaúcha. Mas, à medida em que a temperatura sobe, sobem também as possibilidades de pessoas (leitores ou não) se sentirem atingidas. É claro que essas pessoas sempre poderão escrever uma carta de resposta e, eventualmente, processar o signatário da mensagem injuriosa (lembramos que as cartas são todas assinadas e de inteira  responsabilidade de quem as assinou). É assim em qualquer jornal do mundo (menos em Cuba e na Albânia, diria o Mendelski, paladino da democracia e da liberdade de expressão). Mas creio que podemos combinar algumas coisas, meio informalmente, aqui mesmo na seção de cartas, sem recorrer ao novíssimo Manual de Redação, publicado na edição 54, que já é uma tentativa de botar alguma ordem no galinheiro, mas que não contempla todos os casos. Poderíamos combinar que:

(1) Vale todo o tipo de palavrão, desde que ele tenha caráter carinhoso (por exemplo, quando eu escrevi "Pau no cu da cena super-oitista porto-alegrense" eu estava sendo carinhoso);

(2) Vale todo tipo de agressão, desde que ela fique restrita aos campos estético e político;

(3) Vale todo tipo de baixaria, desde que ela seja minimamente divertida e plenamente assumida pelo autor (não vale pseudônimo);

(4) Não vale censurar cartas (nem matérias) em nome da moral e dos bons costumes, muito menos em nome da tradição, da família e da propriedade de quem quer que seja.

Resumindo: sem querer bancar o retrancão, proponho elevar o nível da discussão, evitando picuinhas pessoais, e manter a linguagem tão baixa quanto possível. Alguém aí concorda comigo?

Gerbase

(23) Mensagem retirada a pedido do autor

(22) Peter Krause

Assunto: O NOVÍSSIMO CINEMA GAÚCHO

Data: 22 de abril de 1998

Eu acho que pra magríssimo a gente anda meio gordo. Eu acho que pra contestador a gente anda meio frouxo. Eu acho que pra fazer um filme com a renda de outro ainda falta muito. Mas eu acho que a gente chega lá. Ou não.

(21) Álvaro Magalhães

Assunto: O REBELDE TRADICIONALISTA

Data: 10 de abril de 1998

O velho HHH (heronhugoheinz) ataca a velhice dos outros e reivindica as velhas bobagens, as velhas piadas e os bons companheiros, contra os caretas e medrosos do novo Não. Meio contraditório, não? Obrigado por ter me citado. Mas pra ser mais a fudê tu poderias  dizer que eu continuo um careta querendo que haja música no meu mundo ao invés da velha empulhação, que vai do Roberto Carlos ao Punk Rock. O mérito dos Replicantes é o discurso, é não dizer que tentam fazer música. Como eu não consegui fazer música, parei logo e continuo "careta". O Plínio já é pai e bom marido. O Ricardo virou King Jim (sic). O Zé também não existe mais, e até virou celebridade. O último dos moicanos é o HHH... Vê se escreve qualquer coisa pro número 54, ao invés de ficar se queixando como um velho saudosista, pô!

Abraços do ex-Júnior.

(20) Anderson Ramone

Assunto: LEITURA NA NET

Data: 3 de abril de 1998

Bem (isso pode ser e é puxa-saquismo). Ontem assiti a uma palestra do Carlos Gerbase aqui em Pelotas e fui no site da Casa de Cinema e conseqüentemente no Não. Comentários ao artigo da edição número 53, Desligue o computador e vá ler um livro, de Jorge Furtado: Bem, acho que ele tá certo, Internet nao é o mesmo que livro, mas porra, sê le um monte aqui, veja bem..... Eu tô lendo todos os artigos do Não, inclusive o dele, e bem no final do dia eu já li um monte de coisa pela net, pois cada site (ou sítio) que eu passo leio tudo que me interessa. OK, vc não vai ler um livro de 300 páginas, mas a leitura de zines, revistas e publicações do gênero é ótima para ser lida na rede, em especial (como no meu caso) quando eu leio e faço mais coisas com os outros navegadores que estão abertos.

(19) Mensagem retirada pelos editores

Veja o MANUAL DE REDAÇÃO

(18) Mensagem retirada pelos editores

Veja o MANUAL DE REDAÇÃO

(17) Heron H. Heinz

Assunto: QUEDÊ AS BOBAGENS?

Data: 29 de março de 1998

Olha, acho absolutamente ridículo essa página inicial do Não, dizendo que é probido, or something like that, pra menores de 18 anos. Que qué icho companheiros???? Assumindo a velhice? Já não bastam as matérias do Álvaro sobre música, precisa ser tão carta assim???? Comentei com alguns peoples sobre a seriedade do não (em minúsculas por querer), algo que NÃO tem nada com as intençoes originais (alô Plinio, alô Ricardo, socorram nosso brô ZÉ), quedê nossas bobagens???????

Heronhugo.

Obs.: a seção de cartas tá ficando a fudê, vamo lá pessoal, deixa a caretice pro PT...

(16) Miguel Franco

Assunto: NÃO MENTE!

Data: 22 de março de 1998

Li o Não todinho, de uma sentada só. Até as cartas. Deu saudades da Rua Dona Amélia e de suas longas sextas-feiras. Vamos pro próximo, que eu já estou curioso. Ele continua muito bom. Só tem uma coisa: o Não mente! Enquanto passava de mão em mão, na sua longa trajetória pelo Menino Deus, Bonfa, Cidade Baixa, e pelo resto do nosso mundo, entre seus delirantes colaboradores, eu espiava por cima de seus ombros e lia, lia, ... sem nunca ter escrito coisa alguma. Eu sou o único leitor do Não.

(15) Arthur de Faria

Assunto: NÃO VENHAS COM NÃO-ME-VENHAS!

Data: 20 de março de 1998

1) Se é pra ter mulher pelada, tem que pelar mais as mulher, ô Gerbase!!!. Quem é que tu pensa que engana com esse papo de nú artístico?!?

2) Como é que a gente acha os mails das peçoa que mandaram mail pra cá? A Adriane Boff foi minha colega de jardim (DE INFÂNCIA! DE INFÂNCIA!!!)! E dizem as más línguas que ela casou com um Replicante, pobrezinha! Que desgosto pra uma mãe (Dona Neura, se eu bem me lembro... Aliás sempre achei que o nome já a preparava pra algo... - brincadeirinha).

3) O Alvinho Magalhães até que escreve bem, pra meu espanto! Como diria um amigo nosso, ele fez uns textos acima das expectativas (tirando o puxa-olha-os-xô-que-eu-vi, que tá pueril) Só acho que ele tá muito bonzinho. Quem é que ele pensa que engaaaaaanaaaaa-2?

4) Perigo: o Uriartt achou vocês. O vulgarmente conhecido COROA ONANISTA é o missivista mais ferrenho dos últimos tempos. Que o digamos nós, da finada Capacete.

5) Aliás, alguém de vocês viu alguma Capacete - a Revista Pra Quem Tinha Cabeça. Prima da Carícia - A Revista Pra Quem Tem Cabaço.

6) Éramos quatro: Eu, Zimi Zoe (The Thing!), Carlos Branco e Eduardo Aigner. Tô sentindo a falta inexplicável do Zimi na Não. Não tem nada mais Não que o Zimi!!!

7) Não poderia deixar de registrar uma das maiores pérolas do papo-cabeça-petelho-bar-do-beto-caetanete que já ouvi. Certa feita, um sujeito queria me convencer que Cajuína, do Caetano, não era do Caetano. E o argumento era matador: - Tu nunca notaste que a obra do Caetano é toda SIM e Cajuína é uma música completamente NÃO?

Cunnilingus generalizados

Arthur de Faria, uma pessoa super-gente

PS: Gerbase, Jorge & Cia: Quando é que vocês vão chamar alguém decente (like me, like meeee) pra fazer as trilhas?

(14) Marcel Dumont

Assunto: IDÉIAS ESPARSAS

Data: 17 de março de 1998

Muito obrigado por me manterem informado a respeito do Não. Ando meio desligado e meio seco de idéias para escrever. Vou enviar a tua carta para Wesley Coll, Hélio Alvarez e Renato Mendonça como possiveis contibuidores. Cheguei a pensar em três assuntos:

1. Como traduzir a palavra "Não" para o inglês. A palavra "Not" em inglês implica a existência de uma condição a ser negada. A palavra "No" é mais alarmista e mais gandaia. Qual palavra em inglês que melhor expressa o "Não"? Considere a função alarmista e gandaia da palavra "No" e considere a precisão e a formalidade da palavra "Not" no seguinte diálogo:

John: Are you going to the movies?
Paul: No, I am not.
John: Why not?
Paul: I will be seeing Abgail tonight.
John: Oh, no! No way. Not her.
Paul: She is no longer a no-no.
John: No?
Paul: Not.
etc.

2. Mudar o nome de Porto Alegre para Porto dos Casais. Existem "Porto Alegre on the Hudson", "Porto Alegre an der Donau", Porto Alegre sur la Seine, etc. O que de uma certa maneira expressa a universalidade de POA. Mas quem é que é alegre o tempo todo? Porto dos Casais reflete mais a realidade: alegria, tristeza, independência, assunção, bom fim... Porto dos Casais é carnal, é dualístico, é passional, é uma vergonha, é um orgasmo, é santificado, é prolífico, é cafona, is way cool, é muito mais.

3. Na Semana Farroupilha, passar um decreto de lei que declare que Caetano Veloso sempre foi, é, e sempre será gaúcho. Declarar a independência da República Piratini. Anexar o Paraná e Santa Catarina. Trocar a bombacha por uma tanguinha e pintar as boleaderas de vermelho. Proibir o uso do pronome pessoal "você" e obrigar o uso do pronome pessoal "tu" enunciado em francês. E outra série de diretivas.

Como vêem, a cabeça não anda funcionando muito bem. Cheers!

(13) Tales Tommasini

Assunto: GAROTA QUE DIZ NÃO!!!!!

Data: 7 de março de 1998

Hmmmmmmmmmmmm

eu sempre abominei a idéia de cybersex, e muito mais a prática cyber-ridícula da punheta computacional, aquela que é uma mão no mouse e outra no pau....

Mas a primeira garota que diz NÃO é uma gracinha... (calma, senhores, não deixei de lado meus princípios citados acima....)

Parabéns pela idéia, porque afinal, o conteúdo da Internet já é tão rico e inteligente, que precisávamos de fotos desse tipo, inéditas e pioneiras na rede, para darmos um tempo de tanta informação e cultura..... hehe.

(12) Mensagem retirada pelos editores

Veja o MANUAL DE REDAÇÃO

(11) Gustavo Uriart

Assunto: NÃO VOU DIZER NÃO GOSTEI....
Data: 4 de março de 1998

Gente!! Parabéns. Tem versão em papel prá gente ler no banheiro?? É que levar um Computio pro banheiro é um saco... Achei bem interessante a maneira de vcs. escreverem, pena que leitura na tela é mais ou menos como escovar os dentes, a gente faz porque é obrigado , mas parar prá fazer... nem sempre a gente arranja um tempo. E a posição... uma merda. Vou virar um leitor pós baixado, pego o que acho legal (quase tudo) e depois coloco o monitor na barriga.

(10) Teo Meditsch

Assunto: O MELHOR

Data: 27 de fevereiro de 1998

O melhor do Não continua sendo as matérias que ainda Não saíram, ou as cartas dos leitores, em especial de um tal Scotto e de outro tal J.Knijnik, tirando a do A . Magalhães que está horrível, é claro. Fora isto o Não merece um Sim a nova edição, porque esta já esta gastando o meu monitor. Coragem para o próximo editor ! Não desistam.

PS : eu imprimi todo e também tive saco de ler todo - pasmem.

(9) João Knijnik

Assunto: NÃO, NÃO E NÃO

Data: 21 de fevereiro de 1998

Não, não e não. Sinceramente, não gostei do Não. Acho que pela vontade dizer um sonoro NÃO a alguma coisa. É impossível concordar. Não é não e ponto. Sem elogios. Vocês precisam de uma crítica séria, dura, pesada, objetiva, sem dó. Não é uma merda. Não fede e cheira. É isso. Deixa de ser algo que se possa dizer sim. Acho que qualquer elogio, ou consideração positiva é uma ofensa para vocês. Então Não, ok? Não é um grande abraço. Não é saudade de Porto e dos meus amigos aí da Casa de Cinema. Um abraço aqui de Sampa para vocês.

(8) Zé Adão Barbosa

Assunto: CONFRARIA DA SELMA

Data: 22 de janeiro de 1998

Interessados em se associar à CONFRARIA DA SELMA devem mandar currículum para zeadao@nutecnet.com.br. As reuniões acontecem em espaços alternativos onde são discutidos o sexo dos anjos, projetos impossíveis, idéias de jerico etc. No final das reuniões, um espaço é dedicado à najices e maledicências e, naturalmente, à sessão de negrinhos, cuca com café com leite, Nutry (para os diets) e muita coca-cola. Associe-se Já. A Selma está dentro de você!!!

(7) José Geraldo Couto

Assunto: SAUDAÇÕES CORINTIANAS

Data: 19 de janeiro de 1998

Amigos, apesar de vocês se esconderem muito bem na Internet, alguém (o Luiz Zanin, do Estadão de S.Paulo) me deu o endereço do seu sítio e eu resolvi fazer uma visita discreta. Primeiro com curiosidade, depois com uma excitação cívico-intelectual que me levou quase à ereção, devorei o número 53. Foi um prazer quase comparável a ver o Grêmio perder do Inter no último minuto (com um gol de mão, e em visível situação de impedimento). Continuem desafinando o coro dos contentes. A propósito: há um hai-kai de Alice Ruiz que tem tudo a ver com o tablóide eletrônico de vocês:

"Dizer não
tantas vezes
até formar um sim"

Boa sorte e um abraço do Zé Geraldo

(6) João Aroldo

Assunto: NÃO GOSTEI

Data: 30 de dezembro de 1997

Não: gostei.

(5) Suzi Weber da Silva

Assunto: EVOÉ

Data: 29 de dezembro de 1997

Evoé! É o grito das Bacantes, as seguidoras de Dioniso, deus do êxtase e da transformação. Sob o pretexto de ensinar as práticas do evoé, este deus grego incitava as mulheres a abandonarem suas casas e correrem durante a noite pelas montanhas, dançando ao som dos tímpanos e flautas, embriagadas pelo vinho. Nas procissões em sua homenagem, os devotos (a maioria mulheres), embriagados pelo vinho e semidesfalecidos pelas danças vertiginosas, experimentavam o ékstasis. As festas aos deus Dioniso ameaçavam a pólis aristocrática, a pólis dos eupátridas, o status quo vigente, cujo suporte religioso eram os aristocrátas deuses olímpicos. Dioniso oferecia a todos a comunhão com o divino, igualitariamente, até aos deserdados. Um deus politicamente independente e libertário! Evoé!

Que prazer em ler não. Todas aquelas críticas que a gente faz em mesa de bar, detonando esta gente que tem poder demais e ética de menos, de repente estavam ali no computador. Segui o conselho do Jorge e imprimi o que mais me interessou. Aproveito o ensejo para também dizer não. Fiquei muitoenjoada com esta hitória de mulheres do ano escolhidas pela veja. Esse negócio de mulher, homem e melhores do ano já é uma caretice. E aí escolher aquele dragão de cabelo seco da Carla Perez para mulher do ano, não dá para querer. Fiquei tentando imaginar o homem do ano! A imagem que me veio foi a de um negro bonito. Ele usa cabelo black power e um óculos escuro quadradão. Sujeito sério, mas bem humorado. Nunca falta ao trabalho, nem mesmo quando chove ou é domingo. Cheio de charme e estilo, ele trabalha com uma bicicleta verde. Quem já o viu, sabe de quem estou falando. É o entregador da Folha de São Paulo, do bairro Rio Branco. Negrão simpático, para mim o homem do ano. Evoé!

Que prazer em ler não. Adorei o diário de Claudeth. Como é bom falar de sexo entre mulheres, desde as hetero taradas até as sapatinhas. E com esses calorões que está fazendo em Poa, o corpo quente, pouca roupa, nada melhor do que falar em sexo. A cantora Marina (não sou fã) diz que sexo é bom ao vivo, concordo. Se bem que ficar imaginando "coisinhas" pode ser também bem divertido. Evoé! Que prazer em ler não. Saber que o Gerbase (ui, ui, ui) prefere as mulheres que dizem não. Evoé! Que prazer em ler não. Saber que o Giba com 18 anos já tinha idéias que dizem não. Abraços e felicidades em 98 para o NÃO. Suzi.

*Mandei este Email as 3h da madruga voltou, to mandando de novo. Eu esqueci do tracinho (-) entre não e o til, por que é impossível ter um endereço na internet com o til?

(4) Luis Alberto Scotto

Assunto: ACREDITEM - EU LI TUDO!

Data: 24 de dezembro de 1997

Vocês nem vão acreditar: li toda a edição do "NÃO" e, depois, me deu uma vontade danada de ajudar um ceguinho a atravessar a rua. Começou com um texto porreta sobre os idiotas, mas depois baixou uma choradeira, aquele negócio de "eu era mais magro, eu tinha cabelos, os meus vinte anos - ai, como era bom". A coisa foi desfiando nas beiradas, estão me entendo?? É só um toque para não nos tornarmos um bando de velhos com rabo-de-cavalo. De resto, achei tri-legal (opa!). Tudo onde o Giba tá no meio, eu acho bom. Dá um autográfo, dá neguinha??

Scotto, de Florianópolis, território livre de inteligência humana.

(3) Álvaro Magalhães

Assunto: NÃO 54

Data: 21 de Dezembro de 1997

Ainda não li todo o 53 mas parece um bom começo. As figurinhas estão ótimas. A edição é um luxo. Viram como o Giba já escrevia bem? Não só ele até hoje é meio Kurt Wonnegut e LFV. Já que as influências são inevitáveis, pelo menos que sejam boas. Quem é Ricardo Carvalho? O que ele escreveu está bem legal. Sugiro pro 54 ter um ou dois temas de discussão ou de polêmica, com uma provocação inicial posta na página antes do lançamento. Poderia ser um tema "sério" e um outro absurdo. Com a polêmica as coisas poderiam se inverter. Abraços.

(2) Nei Lisboa

Assunto: NÃO AO NÃO

Data: 21 de Novembro de 1997

Considero um pé no saco ter de ligar essa máquina 3 horas da manhã (bjbado, que ninguém é de plástico) pra torcer que chegue com acentos um apoio ridículo a um jornal ridículo que me bulina pra ser seu terceiro colaborador. Portanto, o primeiro não, veja aí, é o sim que o ato falho já apresentava desde o primeiro adorar Caetano: eu digo não ao não. Pensando bem, dá um caso especial de primeira. Considere-se, agora, que "caso especial" era uma expressão corrente em 1972. Ainda assim, qualquer programa da Globo, se pagar uma grana decente, eu tô nessa. E se tiver muita besteira e pouca grana, fuck you.

(1) Adriane Boff

Assunto: SANTO GRAAL

Data: 18 de Novembro de 1997

Recebi um mail sobre o Não, via Heron. Adorei o editorial, mas pra ser bem honesta, algumas coisas soaram como 'what exactly are they talking about?' Muito tempo longe da carroça, muito tempo sem notícias. E eu me recuso ler a zero-hora na internet. Talvez, eu deveria. Arremesso de porco e campeonato de par ou ímpar, atores de novela comendo peixe cru sobre a barriga de uma modelo, campeonato de "maior bumbum" do Brasil; aviõezinhos de dinheiro. O que é isso, companheiro? Outras coisas não soaram tão estranhas: por exemplo, que humilhar pobre dá boa grana no Brasil não é grande novidade. Any way, se a idéia básica é arrumar encrenca, estou dando a maior força. Mas realmente não sei como poderia colaborar daqui, com tão pouca informação.

De qualquer forma, quanto aos idiotas na tv, quem tá por trás do Tiririca, o Silvio Santos, o presidente-sociólogo, os 10% mais ricos do pais, o velho MDB e a velha Arena, a velha RBS e o velho Zambiazi, as indústrias multinacionais, o Correio, a Zero Hora, o Jornal do Comércio, a RBS, a Globo, os banqueiros etc? Vamos deixar de pensar que o cu dessa gente é o Santo Grau (Holly Grail), ninguém toca. (Vamos botar pra fuder) Quanto ao protesto do Gerbase: Adoro semiótica, mas no seu lugar apropriado - universidades e stuff. "Diga Não" realmente parece quadro do programa da Hebe. Such a crap, como eles diriam aqui.

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