Não Cartas (101-125)

(125) Bela Figueiredo

Assunto: DEUS ESTÁ NOS DETALHES

Data: 24 de maio de 1999

Ó, Furtado... Na boa?? Congratulations pelo não 62. Proposta do caralho essa do Texto Ao Vivo. Quero saber quem vai editar o próximo e se vai rolar uma ficçãozinha bááááásica. Na sessão Cartas, alguns missivistas irritados com a verdade. É... a Verdade é uma menina má, por isso tão escondida. Mas VIVA A POLÊMICA! Talvez só ela possa arrancar o tédio e sacudir a mesmice do dia-a-dia. Uma dica de leitura é a última Caros Amigos, q tem o Marcelo Rubens Paiva cutucando a ferida da ditadura. Ele fala de um tal milico Burnier, q mora aqui em Porto Alegre e q tá sabendo de umas cositas sobre desaparecidos políticos. Esse cara aí deve umas explicações aos brasileiros sobre tortura e afins. Burnier...... cadê vc? É isso aí, Furtado. Pau na máquina! BelaF

(124) Jorge Furtado

Assunto: ABESTALHADOS E ZOTES

Data: 24 de maio de 1999

Caros Allan Kardec e Athanasio

As cartas de vocês, é uma pena, não servem para nada. Como muita gente, vocês confundem debater com ofender. Eu afirmo: "aplicando questionários em Guaíba e Gravataí de forma inteiramente desproporcional ao que as cidades representam na composição da região metropolitana, a UFRGS direcionou o resultado de uma pesquisa encomendada pela RBS". Vocês respondem: "você são cegos e coléricos quando defendem o PT", "por favor, cresçam e tratem de encarar as questões com maior seriedade", "essa revista virtual é uma das coisas mais pusilânimes e imbecis que já li", etc. Vamos admitir, por hipótese, que nós sejamos realmente cegos, coléricos, infantis, pouco sérios, pusilânimes e imbecis. Tudo bem. Só que isto, infelizmente, não muda o fato de a UFRGS ter direcionado o resultado de uma pesquisa encomendada pela RBS. Se vocês tiverem algum argumento para defender seus pontos de vista, teremos o maior prazer em publicá-los. Se, ao contrário, acham que o divertido é ficar trocando ofensas pela internet, acho que vocês são dois abestalhados, abobados, abobalhados, abobarrados, amalucados, aparvalhados, apatetados, apombocados, assonsados, atolados, atolambados, atoleimados, babacas, babões, babaquaras, babosos, badós, bajoujos, basbaques, bobos, bobós, bobocas, bocós, bolônios, calinos, chapetões, débeis, lesos, lorpas, mandus, pacas, pacóvios, palermas, palúrdios, parvos, paspalhões, pategos, patetas, patolas, pongós, sambangas, sarangas, sarangos, sorongas, sorongos, tabacas, tolos, tontos e zotes. Cordialmente, Jorge Furtado

(123) Lisandra Mendonça

Assunto: SAUDAÇÕES

Data: 20 de maio de 1999

Durante uma sessão de pizzaria de R$ 3,90 descobri, através de um conhecido, que a página mais interessante da Internet era a Não. Me identifico muito com a palavra não: não gosto disso. daquilo e sempre acho um jeito de não concordar com as coisas Acessei a página. Achei um barato, já que no meio dessa crise cultural em que se afunda, no meio de bundas, o país é uma opção inteligente. Pessoas que não estejam ainda com o cérebro atrofiado de Amigos & Amigos e afogados em banheiras, repletas de artistas em decadência, têm uma oportunidade legal nesta página de refletir sobre o que acontece ao seu lado.

Abraços

Lissandra, 22 anos, estudante de Jornalismo da Unisinos


 

(122) Allan Kardec de Souza

Assunto: PARCIAIS

Data: 20 de maio de 1999

Vocês são tão cegos e coléricos quando defendem o PT e o governo do estado - que por sinal, ainda não disse ao que veio - que parecem o Proença defendendo o Britto e o ACM o Fernando Henrique. Rapazes... por favor, cresçam e tratem de encarar as questões com maior seriedade. Os leitores desta publicação virtual são inteligentes o bastante para saber que vocês estão fazendo exatamente aquilo que tanto criticam na Zero Hora, ou seja, estão sendo PARCIAIS ao extremo. E isso é muito feio...

abraço, Allan


 

(121) Paulo Mello

Assunto: ASSUNTOS PREFERENCIAIS

Data: 16 de maio de 1999

Sugiro também:

A música Country e a música Sertaneja
Os Cowboys Espirituais e a música Sertaneja
O Cowboy do Deserto e os Cowboys Espirituais e a música Sertaneja
Júlio Reny e a música Sertaneja
Frank Jorge e a...

Paulo Mello

(120) Rui Bebiano

Assunto: NON!

Data: 16 de maio de 1999

Amigos,

Chegou-me agora mesmo um link para a vossa revista. A impressão digital é boa, claro. E de seguida vou ler a sério (depois da impressão física, evidentemente)...

Sou editor de uma revista electrónica lusófona "de cultura e intervenção" chamada... NON! (o advérbio latino). Seremos pois primos. Se quiserem podem dar já uma olhada em http://www.interacesso.pt/n on/ Nós vamos continuar a seguir-vos. Quem sabe se poderemos fazer alguma viagem juntos? Entretanto Não está já nos nossos Favoritos e na nossa secção de links seleccionados um que aponta para vocês.

Um abraço entretanto do Rui Bebiano
(e parabéns, claro!)


 

(119) Igor Freiberger

Assunto: PESQUISA DA UFRGS (69,3%)

Data: 16 de maio de 1999

Ou muito me engano, ou esta parcialidade não é da UFRGS. A pesquisa, segundo li, foi realizada pelo CEPA - Centro de Pesquisas em Administração, vinculado à Faculdade de Administração. Na UFRGS, a Administração é tida como uma unidade conservadora - muito embora isto possa ser outra generalização duvidosa, talvez na mesma medida dos 69,3% dos "gaúchos". No entanto, é de se espantar que um centro com a composição do CEPA formule uma pesquisa tão tendenciosa. Como ZH afirma que não interferiu no método e universo pesquisado, resta supor que ou a ZH mente uma vez mais ou o CEPA foi escandalosamente incompetente. Uma característica da Administração da UFRGS é ter recursos financeiros próprios, embalada por cursos de extensão pagos e convênios com a iniciativa privada. Ainda que seja elogiável buscar dinheiro para manter cursos que o governo federal faz questão de sucatear, resta saber quanto de autonomia e isenção acadêmica são sacrificadas diante da existência de vínculos econômicos. Vale lembrar que, a um mês do primeiro turno das eleições 98, a UFRGS divulgou pesquisa onde havia empate técnico entre Britto e Olívio - muito antes dos institutos "oficiais" detectarem o "crescimento" da candidatura petista. Mais uma vez, não foi exatamente a UFRGS, mas sim um grupo de estudos da área de Ciências Sociais que realizou a pesquisa. Curiosamente, essa teve uma divulgação mínima... De resto, parabéns pelo Não (que só agora descobri) e pelos excelentes textos. Igor Freiberger

(118) Athanasio Lopes Ribeiro

Assunto: PUSILÂNIME E IMBECIL

Data: 12 de maio de 1999

Prezados editores.

Essa revista virtual eh uma das coisas mais pusilanimes e imbecis que jah li. A pseudo intelectualidade de voces eh constrangedora. So mesmo pessoas atrasadas e desprovidas de sensibilidade podem ler e gostar dos artigos esdruxulos que escrevem. Me refiro especialmente ao sr. Jorge Furtado.

Sejam limpos ao menos uma vez na vida e publiquem minha opiniao sobre as bobagens que escrevem. Assim, podem um dia se tornar melhores que o Pravda, o estandarte da democracia sovietica naqueles idos tempos que se foram... e que nao voltam mais. Cordialmente, Athanasio

(117) Pedrinho Guareschi

Assunto: É ISSO AÍ, COMPANHEIRO

Data: 6 de maio de 1999

Prezados amigos Jorge Furtado, Gerbase, Giba, etc. Somos leitores assíduos do nao-til. Apreciamos muito os inteligentes comentários que vocês fazem. Gostaríamos que continuassem a fazer. Há muita gente que se inspira neles e multiplicam as idéias e os insights que vocês passam. Nesse dias vimos a entrevista com o Olívio das páginas amarelas. Não aguentamos tanta safadeza. Resolvemos mandar esta cartinha... Nosso grupo se reúne todas as 3ª feiras de tarde (das 14 as 15:30), para discutir temas atuais. Estamos entrando e fortificando o grupo da ATTAC aqui da PUC. Já fizemos vários contatos e há muitos que estão muito interessados. A seguir apresento a carta encaminhada à Veja. Com amizade e admiração, Pedrinho A. Guareschi (em nome do grupo de pesquisa e discussão).

Porto Alegre, 30 de abril de 1999

Prezado Sr. Editor. Li, pasmado, a entrevista feita com o Gov. do RS, Sr. Olívio Dutra na última Veja. Como professor de Psicologia da Comunicação (Mestrado e Doutorado em Psicologia - PUCRS) e de Meios de Comunicação e Ética (Accademia Alfonsiana, Roma) fiquei extremamente chocado e indignado ao ver um exemplo claríssimo de um péssimo jornalismo e de uma falta absoluta de ética e respeito à pessoa humana. Pergunto-me como pode uma revista de âmbito nacional publicar tal texto. Ou acham os editores que estão lidando com um exército de imbecis que não percebem perguntas (respostas!) totalmente conduzidas e hipócritas? A última pergunta chega a ser perversa. Como ainda se tripudia sobre os leitores, desrespeitando seu poder de crítica e reflexão! Depois disso, tais entrevistadores poderiam ainda continuar num órgão de imprensa que se preze? Ou foram constrangidos a produzir tal infâmia? E diante de tantas provocações e insinuações, o entrevistado se comporta magnificamente, com dignidade e inteligência. Esse sim é um homem digno e honesto! Com santa indignação e protesto, Pedrinho A. Guareschi

(116) Stock

Assunto: PARABÉNS

Data: 6 de maio de 1999

Caros amigos do NÃO. Gostaria de ser um poeta para que pudesse expressar meu contentamento ao por os olhos neste site pela 1a vez. Descobri o NÃO por acaso, a URL estava estampado no topic de um canal da via-rs. É confortante saber que existem pessoas como vocês aqui mesmo em POA, pessoas com uma autonomia intelectual invejável, e dom literário extraordinário, capazes de atingir um distanciamento crítico do panorama político e cultural do Brasil e do Rio Grande do Sul, escrevendo assim belos artigos que provavelmente fariam Mendelski e CIA pular da poltrona caso um dia os lessem enquanto folheiam seu estimado pasquim. Parabéns, pessoal, fiquem aqui com meu total apoio e continuem tocando essa obra pra frente!

Abraços, Stock

(115) Solange Zilio Klein

Assunto: VOZ DO DONO

Data: 6 de maio de 1999

Furtado, valeu o texto. Era de algo assim que estavamos necessitando para estancar as lágrimas de Drurys de nosso prefeito Cornetet.

(114) Antonio Martins

Assunto: NÃO DIGAM NÃO!

Data: 5 de maio de 1999

A reprodução da "Voz do Dono", do Jorge Furtado, numa lista de discussões via Internet levou-me ao Não virtual. Arrisco-me a mandar este email antes de ler metade do último número -- portanto, a queimar a língua.

Escrevo, junto com alguns colegas,  um boletim eletrônico sobre a globalização e as alternativas a ela. Garanto que nunca escreveremos "a verdade triunfou e triunfará!" Não temos site ainda. Contudo, mais de 4 mil assinantes recebem nossos arquivos pesados mais ou menos uma vez por semana. Não reclamam, e ainda indicam novos "assinantes". Entre nossos projetos está lançar, ainda no segundo semestre, uma edição brasileira do "Le Monde Diplomatique".

Minha proposta é: topam um acordo de reprodução mútua e gratuita de matérias? Temos um desses com o "Brecha" do Uruguai. Vamos um pouco mais pela política, e vocês pela cultura, mas o molho de um deixará o outro melhor -- a "Resenha", pelo menos, ganhará muito.

Vão algumas edições, para que vocês nos avaliem. Espero que não digam Não!

Antonio Martins, jornalista

(113) Sérgio Karam

Assunto: NÃO 62

Data: 5 de maio de 1999

Giba, achei do caralho este último número do NÃO. Não que os outros estivessem ruins, mas este está especialmente bom. Manda isto pro Jorge, que foi o editor, e pro Gerbase, pelo artigo dos 100 dias, que achei bárbaro. Também gostei de encontrar as letras das músicas que o Nei gravou. Ontem à noite, escutando o disco, pensei exatamente isso: que bom se viesse com as letras. Parabéns pela pesquisa.

Escuta: pelo menos um dos artigos do Jorge está circulando por aí, recebi hoje por e-mail aquele sobre a pesquisa. Sinal de que as pessoas estão lendo e gostando e passando adiante. Sinal de que continua faltando um jornal decente na cidade. Já pensou se algum maluco com dinheiro topasse bancar um jornal impresso? Ainda tem muita gente sem acesso à Internet que merecia ler
o que o pessoal tem escrito.

abração, Karam


 

(112) Marcelo Dezonne

Assunto: PARABÉNS

Data: 5 de maio de 1999

Não conhecia, mas uma amiga teve a feliz idéia de me indicar a 'Não'. Excelente !!! Muito bons os artigos (principalmente o último de Jorge Furtado, sobre a Ford, GM e RS). Estou inclusive indicando à amigos. Mas gostaria antes de ter uma confirmação: Jorge Furtado é o diretor de Ilha das Flores e Comédia da Vida Privada, entre outros? Se for, duplo parabéns! Abraço, aguardo resposta à 'questão' acima e desde já grato por ela,

Marcelo Dezonne

(nota do editor: é o mesmo Jorge Furtado)

(111) Diogo "Golden Boy" dos Santos

Assunto: CIPÓ

Data: 4 de maio de 1999

Não fiquei abismado quando li, no editorial do não 62, que Jorge Furtado duvidou do trágico incidente do anti-herói Cipó. Bom, eu sou torcedor fanático da SER Caxias e não só comprovo que o fato é fatídico, como também verídico. Minha mãe ainda não me deixava viajar p/ jogo do caxias sem um adulto responsável, mas eu já tinha idade p/ entender a necessidade daquele empate? (na minha cabeça o jogo estava 2x2 e o Caxias precisava da vitória). Meu primo mais velho, Guilherme, foi ao jogo e me revelou os detalhes "shakesperianos"que não ouvi na rádio tamanho o abatimento que tomou conta de mim. Os goles de cachaças podem ser fictícios, mas o sofrimento causado pelos pés daquele homem jamais sairão da cabeça dos aficcionados pelo meu time. Até seu nome parece ter sido criado p/ perdurar como uma assombração nos recantos obscuros da mente: CIPÓ.

(110) Stela Pastore

Assunto: POLÊMICA

Data: 2 de maio de 1999

Giba! Estou escrevendo para o teu e-mail porque foi o contato que achei na home-page nao-til. Eu, assim como vários amigos, temos nos sentido aliviados cada vez que lemos os artigos lúcidos desta página. É quase como lavar a alma em meio a este momento tão obscuro. Hoje, meu objetivo de comunicação é bem tópico e mais para trocar impressões: Talvez você tenha ouvido, mas sabe qual foi a pergunta do programa Polêmica de hoje, na Rádio Gaúcha?

- Você acha que o Orçamento Participativo deve se tornar lei porque o PT o usa promocionalmente, disque 01

- Se você acha que deve continuar como o modelo atual porque você entende que está dando certo, disque 02

Mais um daqueles exemplos de primor de imparcialidade e de não indução da opinião pública.

Stela.

(109) Regina Mota

Assunto: NÃO 62

Data: 1 de maio de 1999

Acabo de conhecer o Não, e estou me sentindo completamente desinformada. Como isso pôde me passar batido até agora? Eu estava achando que ia inventar o ovo de colombo da crítica de mídia e vocês comendo o angu do milho que ainda estou pensando em plantar. É por essas e outras que penso todos os dias em deixar a vida acadêmica pra trabalhar numa lanchonete e ter tempo para ser criativa. Sic! Bem, concluindo, adorei tudo! Se ser acadêmica e não sambista serve para alguma coisa é para fuçar arquivos. Vou enviar material inédito sobre as safadezas de toninho, quando foi ministro das comunicações e conseguiu os votos do centrão, para vocês publicarem no Dossiê Malvadeza. Que dele, Deus nos livre, amém, saravá.

Abraços, Regina Mota


 

(108) José Olímpio

Assunto: FRICÇÃO ou FRICÇÃO?...

Data: 30 de abril de 1999

J. Furtado & gurizada do NÃO. Mesmo "coberto de razão", sinto-me "des-coberto" na ambição... Valeu, Furtado! Melhor sorte na próxima, como diria o ejaculador precoce... E nada de chorar sobre o leite derramado, como diz Mônica Lewinski. Até jáááááá! J. O. P.S.(sério): Todas reflexões deste NÃO 62 nos sacodem os brios, meio-anestesiados pela barbárie que nos assola...! Parabéns, Sr. Editor! Xau!

J.Olímpio

(107) Luiz Alberto Scotto

Assunto: NÃO FAÇA ISSO

Data: 30 de abril de 1999

Ariela, a rebelde
"Uma sanha de poder sem limite: psicóticos, então.."
".... não dá pra fazer vistas grossas"
" ... Ao menos em nível de informação"

Nestor, o filho
"Como eu poderia agradar àquela que me deu a vida.."
".... Esse cheiro arremessa a minha memória..."
"Foram grandes tempos que se acabaram ...."

Lulit, a neta
"Natal é Natal...."
"praia da Guarda... surfista..."
"Estou me sentido uma mulherzinha e não uma menina mijona e ranhenta...."
" na verdade são meus verdadeiros pais.."
"comendo super bem num restaurante vegetariano..."
"um probleminha... uma pequena batida no Gol.."
"O pai depositou uma grana na minha conta..."

Bela, a inteligente
"Por fluxo de pensamento, jamais utilizando a analogia dos fatos em detrimento do todo."
"Do fluxo e não do método. Estaremos falando por metonímia."
"...por pensamentos picados e amando não ter a letra bem feita oriunda dos mosteiros, mas a escrita nervosa dos romanos..."

Mini, o publicitário
"Ficou muito marcada na minha memória a imagem que de uma família de pessoas muito, muito, muito, muito pobres que vi dentro de um shopping center. O humilde casal, com duas crianças malvestidas e sujas olhava para as vitrines e para as pessoas com um certo brilho morto nos olhos...."

Dante, o funcionário
"..perguntou-me o senhor que senta na mesa ao lado da minha no escritório, senhor esse que, do alto de
seus sessenta e poucos anos..."
".... espantou-me com seu repentino lapso de ignorância...."
" - Não... - respondi, sem muita convicção naquele dia, confesso"
"Não, definitivamente não foi..."
" Será que agora seus pais vão pensar: Puxa.."

A sanha de fazer vistas grossas, ao menos em nível de informação, áquela que me deu a vida, que na verdade foram meus verdadeiros pais, do fluxo e não do método, oriunda dos mosteiros, do alto dos seus sessenta e poucos anos, com seu repentino lapso de ignorância ficou marcada na minha memória com um certo brilho morto nos olhos A PÁGINA DO NÃO, defitivamente NÃO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Queria até elogiar o editorial, mas deixa pra outra hora porque Natal é Natal.

Luís Scotto.

(106) Jorge Furtado

Assunto: FICÇÃO OU NÃO-FICÇÃO?

Data: 28 de abril de 1999

José Olímpio tá coberto de razão quanto ao caráter ficcional do texto de Lulit. Mas ela disfarçou bem, como o velho Machado ensinou. O "Alienista", por exemplo, começa assim: "Dizem as crônicas de Itaguaí que lá viveu..." E no meio do conto, na cena da batalha, Machado volta a esquentar a ficção, dizendo que "os cronistas divergem" sobre os movimentos das tropas. Bem mais moderno que o Tarantino, um século antes. Quanto ao Frank Jorge, sustento que se trata de um poema de não-ficção.

Jorge

(105) Ariela Boaventura

Assunto: EU DIGO SIM

Data: 27 de abril de 1999

Saudações Coloradas!! Gostei da idéia do Furtado em anexar links nas matérias do Nao 62. E essa de aceitar só não-fcção meio que obriga o pessoal a falar mais a sério sobre a atualidade. Pois, como diria o Todo-Poderoso Pós-Chernobyl, nem só de literatura vive o homem, mas de todo o fato que o circula. E em tempos de globalização - ops! no bom sentido! -, até o demônio tem Internet (até eu, que uso a máquina pública, hehehehe). Não gostei de não ver fotos. Dos meninos, principalmente. Sugiro a volta dos (nem tão) garotos que dizem não! É, e pra começar, o Gerbase e o Furtado (coisa artística, pô, sem sacanagem, que peninha...) poderiam elaborar uns ângulos de si. Ah, pô! eu vi uns filmes no "Cinemeando no Garagem", e pensei: bem que poderiam pegar umas fotos dessa época aí, fazer tipo uma materiazinha ilustrada... sim, sim. É, eu sei que os garotos são meio tímidos, mas a sugestão tá feita. Quanto ao absinto, resgatado pelo Eduardo Nasi, informo o seguinte: é coisa confirmada que monges budistas lá em Três Coroas confeccionam, entremantras, a bebidinha aí. Fonte segura. Por isso, quem sabe, tenham sempre aquele sorriso dançante à boca. Resta saber se é somente bebida, se fumacinha opiosa também não rola, uh! No mais, prossigo bombardeando: Falta cinema nos homens desta cidade. Mesmo que o Furtado tenha ficado refratário à crônica. Sim, sim. Quem sabe no próximo Não. Recomendações ao Paul Auster. Se alguém encontrar o cara por aí, diz que eu mandei um abraço daqueles de nevermore desgrudar. Se vocês tiverem oportunidade, não deixem de ler "Trilogia de Nova York". Uma demência de bom. Ariela Boaventura sob efeito cybernarcotizante (mozarela@hotmail.com, caso o Paul Auster se interesse...)

Ariela

(104) José Olímpio

Assunto: BLITZENÃO!!!

Data: 27 de abril de 1999

Gente do NÃO 62. Talvez emulando (nossa, que luxo de expressão...!) a OTAN, o Sr. Editor do presente NÃO ataca de revesgueio, surge no horizonte e nos atira esta "edição-verdade", onde tudo (???) reflete a realidade + pura e rejeita toda e qualquer manifestação ficcional... Sabidamente circunspecto e notoriamente cioso de seu furor democrático, ele nos brinda com peroladas peças literárias, de íngremes apelos à razão mais lúcida e aos melhores intentos culturais...! Só me ressinto, POR TUTATIS!, das viagens lúdicas dos NÃOs anteriores, com suas indecifráveis - ou quase! - retóricas neo-dark-portoalegretas e de garotas renitentes à negação, negaceando epiderme-à-mostra mas escancarando verves (dá-lhe, Miss Jazzie Averbuck!!!)... Reticências às favas e antes que se instale a CPI do NÃO (hihihi), dizei-nos ó nobre Furtado: não seriam FICÇÕES mal-disfarçadas, os artigos de Lulit e o plágio-concessão de Frank Jorge?... Pois bem, antes que o Asterix & Cia. venham a ilustrar sua resposta a meu questionamento, aguardo o NÃO 63 e rabisco outras linhas a fim dele... Parabéns p/ "Tu-tu-tu..."; tive vontade de produzir esperas telefônicas para o Governo do Paraná, tipo: "Você ligou para a Secretaria de Educação. Sua chamada é incomensuravelmente dispensável. Queira fazer a gentileza de nos esquecer... Ligue para (...), a nova empresa privatizada que provavelmente eliminará seus filhos das estatísticas oficiais, reprovando-o imediatamente..."

Chega. Té mais e obrigado!

J. Olímpio

(103) Aldo Jung

Assunto: SIM AO NÃO

Data: 27 de abril de 1999

Um grande S I M ao N Ã O. Tá valendo!!

(102) Lulit

Assunto: ZANELLA, OTTO, KOSOVO E OUTROS

Data: 27 de abril de 1999

Caro Editor. Esta é a primeira vez que escrevo para uma seção de cartas desde a época em que escrevia, como estratégia de marketing, sobre mim própria, sobre meus projetos e principalmente sobre Os Replicantes, para os jornais locais. De uma certa maneira, posso dizer que dá certo. Mas como algumas coisas ainda me revoltam, a ponto de ter saco para escrever uma carta, vou fazer o papel da Otan, que quando a burrada já era imensa, ainda conseguiu estragar mais. São dois os casos (curtos e grossos):

O Otto passou de todos os limites no último Artigo de Cinema. Já deveria ter cessado sua raiva pelas conseqüências das confusões por ele mesmo arranjadas. Mas ele continua culpando a Casa de Cinema de sei lá que drogas que não saem de sua cabeça. Paranóia é pouco pra isto tudo. Como sócia da Casa de Cinema, considero inaceitável sua crítica sobre possível manobra na eleição do Sindicato da Indústria do Cinema. Não dá para ler o artigo sem dizer nada, pois é injusto, calunioso e gravíssimo em se tratando de uma empresa comercial. Mas como processar o Otto daria muito trabalho e resultaria em ganhar uma Marajó branca caindo aos pedaços, realmente a chinelice não vale a pena.

Outro absurdo completo é o processo que o Zanella vem sofrendo por parte dos estudantes da PUC. Olhando de longe, parece que os estudantes temem que o curso de especialização em cinema realmente não seja sério, para terem aberto este processo. Parecem desconhecer que a PUC é uma insituição secular, reconhecida nacionalmente, disputadíssima e que o curso pertence a uma faculdade com os maiores índices de aprovação no Brasil (segundo a acadêmica revista Playboy) . Não é aceitável que justamente estudantes de comunicação arrasem a livre expressão de um simples crítico, em um cocô de jornal que é o Não. Ridículo!
E as bombas continuam caíndo. LULIT

(101) Leonardo Presta

Assunto: BRIGADA MILITAR

Data: 22 de abril de 1999

Quando o Excelentíssimo Governador Olívio de Oliveira Dutra disse que na Brigada havia uma cultura de violência (certamente ocasionada pelos salários baixos), Lasier, Barrionuevo e Mendelsky ficaram loucos, dizendo que era uma afronta à corporação. E o que vejo na capa do jornal deles no dia 22/4/99? Um tenente do Corpo de Bombeiros da BRIGADA MILITAR que havia agredido um casal de idosos devido a UM INSIGNIFICANTE acidente sem danos materiais na esquina da Érico com Ipiranga.... Imaginem a reação dele se fosse um lutador de Jiu-jitsu...

Leonardo

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