Assunto: DICIONÁRIO DE PORTOALEGRÊS
Data: 26 de Junho de 1999
Vi com um amigo meu trechos do dicionário de portoalegrês do L. A. Fischer. Quero mostrar pra outra mas não sei em que edição foi publicada.
Se alguém do Não puder me responder...
Grata, Sana
s.zana@uol.com.brResposta do editor: foi no Não 61, Sana. Mas foi só um trechinho da letra A. Se você quiser ler mais, vai ter que assinar o ABC Domingo, onde o Fischer, o Juarez e o Goida fazem o melhor jornalismo cultural deste estado. (Ah, na edição onláini não tem o Caderno de Cultura, vai ter que assinar mesmo!) Ou esperar a Feira do Livro. Ou quem sabe ele cumpre a promessa e manda mais uns trechos pra gente?
Assunto: UMA COISA É UMA COISA, OUTRA COISA É OUTRA COISA
Data: 20 de Junho de 1999
Tudo bem, Foguinho, não precisava mandar o currículo. A provocação para torná-lo editor do Não era evidentemente uma brincadeira. Se tornou desnecessária agora que o Tomás, um jovem idealista e profundo conhecedor da linguagem internética, estava passando distraído e ficou com o mico. Melhor assim.
Sem querer dar sobrevida a uma polêmica moribunda, registro apenas que as frases "a matéria-prima da poesia é a palavra, e não a realidade" e "a poesia trata da palavra, e não da realidade" não são não senhor a mesma coisa, muito menos são "rigorosamente" a mesma coisa. E nenhuma deveria ser colocada entre aspas, já que nenhuma corresponde ao que foi escrito. Outra vez você copiou mal. Sabe usar o comando copiar e colar do word? Marque a frase, control-c ou control-insert e depois control-v.
O que foi escrito: "A matéria prima da poesia não é a realidade, é a palavra". Com estas palavras, nesta ordem e finalmente com a vírgula no lugar certo. Eu nunca escrevi e nunca escreveria que "a poesia não trata da realidade", frase que considero idiota. Não acho que "tratar de" seja aplicável à poesia. "Tratar de", no sentido de discorrer acerca, discursar sobre, serve para teses, documentários, matérias jornalísticas. Dizer que um filme "trata de" eu já acho estranho. Jamais escreveria que a poesia "trata de" qualquer coisa. Jornalistas freqüentemente cometem a arbitrariedade de dublar seus interlocutores colocando entre aspas coisas que eles não disseram ou, bem mais grave, não escreveram. E depois justificam seu desleixo ou má intenção dizendo que "no conteúdo" é tudo a mesma coisa, como se forma e conteúdo fossem universos estanques. Não são.
Jorge Furtado
jfurtado@portoweb.com.br A>
Assunto: SEM MÁSCARA
Data: 19 de Junho de 1999
Convoco todos os leitores de Não para fazer a Campanha: "Tire a máscara de Barrionuevo". A máscara que eu falo é aquela de brinquedo que a gente compra nas lojinhas, com narigão, óculos e bigode. Talvez depois de tirar a máscara, ele vire um jornalista sério.
Abraços.
Daniel Cassol
danielcassol@zipmail.co m.br
Asunto: OFENSAS
Data: 19 de Junho de 1999
Editores do NÃO:
Nunca uma carta minha foi publicada aí. Agora descobri por quê. É que elas eram sempre elogiosas, e vocês abominam elogios. Algum fascista imbecil (uau, gostaram dessse? não, ainda é muito suave) baixou uma portaria declarando elogios=bregas, inadequados, trouxas... Então, lá vai:
Vocês abusam muito dos "nomes feios" ou "palavrões". E o Gerbase é o pior, o mais execrável (esse tá bom?). É merda prá cá, foda prá lá, puta que pariu toda hora. O que vocês estão pensando? O NÃO é lido por famílias inteiras, que tem de suportar tal baixaria... lamentável. Deixa ver... hum... ah, sim, tem também o pouco caso com o leitor, que é chamado de babaca prá baixo (embora ache que até têm razão... no meu caso, que encasquetei com esta carta tôla). Jamais falarei novamente que vocês são uma voz importante, que a agilidade é impressionante (rola uma coisa na segunda, na terça já tem esculacho aí...) Ôpa, quase estrago tudo. Foi um lapso, desconsiderem esta última parte e publiquem, se forem homens. Ou mulheres. Era isso, seus botocudos.
Tapas na cara de todos.
Marília
mveronese@cpovo.net
(146) Paulo R. Rodrigues Soares
Assunto: SAUDACOES AO NAO
Data: 19 de Junho de 1999
Moçada, perdona pero, meu computador NAO tem o a com til (no netscape, pois no word já resovi) É um alento NAO (imaginem o til) para nosotros que nos "exilamos" no segundo governo (esperamos que seja o último) do FHACM (infelizmente também é o PRIMEIRO do Olivio) e temos que entrar na ZH e outras merdas para ter noticias do RS.
Mas, voltaremos para votar em Olivio outra vez, daqui a quase 4 anos. Um abraço a todos...
Paulo R. Rodrigues Soares
paulors@teleline.esPS: NAO tem um "ibope" elevadíssimo com a gauchada de Barcelona. Adeo.
Assunto: EU TÔ FORA!
Data: 15 de Junho de 1999
No texto do Foguinho fui citado e acusado de mandar "carta metendo o pau no Não" - tinha artigo antes de pau, sim senhor!! E mais: sugeriu que eu fosse o próximo editor. Primeiro lugar quero dizer que jamais tive intenção de meter o pau no NÃO. Nunca me passou isso pela cabeça. Imagina pensar uma coisa dessa!!! Quem sou eu para criticar o NÃO? Não sou genial, não sou brilhante, não sou nada. Aliás, até pedi para o Giba tirar aquela carta antes mesmo de se armar esta rebordosa. Esta é uma cartinha para pedir perdão, fui mal interpretado. Aliás, acho que também estava errado - aqueles textos são ótimos. Estou aqui pedindo um penico preventivo. Quanto a ser editor, o Foguinho deve estar bebendo coisas fortes, coisas de inverno. Mas tenho três nomes para o cargo: um é o Olívio, que é brilhante e boiola; outro é o Brito, que é genial e boiola; e o Teo Meditsch que é genial e brilhante,
mas não é boiola. Aqui, do lado de fora, ninguém é perfeito - o que vocês querem??Scotto
l.scotto@zaz.com.br
(144) Paulo César Teixeira (Foguinho)
Assunto: HÁLITO DE ORATÓRIA
Data: 15 de Junho de 1999
"a matéria-prima da poesia é a palavra, e não a realidade" e "a poesia trata da palavra, e não da realidade" é rigorosamente a mesma coisa. questão semântica, daquelas que exalam o fedor das notas oficiais. esse pudor com a palavra é de noviça rebelde (*1). "não sei, é melhor não facilitar" e "não podemos facilitar", no conteúdo, quer dizer a mesma coisa. o resto é enrolação.
ps - passar por diário do sul, veja, estadão, folha sp e istoé para depois sujar o penico de tanto medo de editar o Não, que destino! é como diz o scotto, "porto alegre é o maior acúmulo de autoridade, gênio, guia mundial dos povos e coisas do gênero por metro quadrado do planeta"
(*1) o recato com o vernáculo vai para o espaço quando jorge furtado força a barra para me comparar ao mário sabino (que pirueta lógica foi necessária para tanto!). esse pessoal precisa arrumar um filme pra fazer, urgentemente!
Paulo César Foguinho
pauloejaque@uol.com.br
Assunto: GUERRA
Data: 14 de Junho de 1999
Obviamente a guerra foi desumana, como todas as guerras, o que não significa que não se deva combater o fascismo. Na Bósnia, morreram 250 mil e o Ocidente lavou as mãos. Desta vez, pelo menos houve uma reação, covarde, é verdade, bombardeando de longe sem defender em terra os caras que eles queriam proteger. Mas ainda assim foi uma guerra justa e não foi promovida pela Otan. Já estava rolando pelo menos desde marco do ano passado.
Nelson Franco Jobim
nfjobim@compuserve.com
Assunto: NÃO 63
Data: 14 de Junho de 1999
Quando vai ter um não para eu poder falar mal do Lula? do jeito que tá - fhc, ford...- tá parecendo a folha de s. paulo.
Brincadeirinha, esses ultimos, tirando o sotaque petista, tão muito divertidos.
Beijos a todos, vocês machos do Rio Grande e suas mulheres mais machas ainda.
Assunto: TROVA DO VENTO QUE PASSA
Data: 11 de Junho de 1999
Lembrei-me de vcs, ouvindo essa música...
É uma música portuguesa belamente cantada por um músico de nome Adriano Correia de Oliveira... Por que envio? Tanto o Adriano, quanto o autor do poema - Manuel Alegre - foram referências portuguesas na luta contra a ditadura, queue teve seu fim na Revolução dos Cravos em 25 de abril de 1974. Essa música é um dos hinos da resistência... Prestem atenção ao refrão final: "Há sempre alguém que resiste / Há sempre alguém que diz não."
Talvez essas coisas estejam fora de moda... resistência.. poesia... Mas por que não?
"Trova do vento que passa"
Pergunto ao vento que passa / notícias do meu país / e o vento cala a desgraça / o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam / tanto sonho à flor das águas / e os rios não me sossegam / levam sonhos deixam mágoas.
(...)
Mas há sempre uma candeia / dentro da própria desgraça / há sempre alguém que semeia / canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste / em tempo de sevidão / há sempre alguém que resiste / há sempre alguém que diz não.
sobre o poeta Manuel Alegre: http://www.terravista.pt/Nazare/1268/manuel_alegre_index.htm A>
Elke Oliveira
elkeoliv@uol.com.br
Assunto: 500 ANOS
Data: 11 de Junho de 1999Ok, ok, realmente eu caguei na base das minhas contas sobre os 500 anos. É que meus cálculos com calendários costumam ser única e exclusivamente pra descobrir quantos dias faltam pro próximo feriado. Prometo estudar mais na próxima vez. Mas a intenção foi buena e, pelo menos, eu confirmei que minha calculadora paraguaia funciona. Abraços e parabéns pelo trabalho.
Gabriel Britto
gabriel@centro.com.br
Assunto: ODARA
Data: 9 de Junho de 1999
Amei esse lance de não-odara. Tudo na vida!! Em dias dos namorados melhor ver q nem tudo são flowers, mas q é power, ah! isso não podemos negar.
Bela Figueiredo
belafigueiredo@hotmail.c om
Assunto: DOS COSITAS
Data: 8 de Junho de 1999
Aí ó, o perigo de deixar e-mail ser publicado. Dos cositas:
cosita uno: Como eu havia previsto, o Britto parece um ator pornô aposentado. Direto de Boogie Nights para a Lua-de-mel com o enteado na espanha.
cosita dos: o Caetano, que deus o tenha, ficou um velho gagá. Tô começando a achar que a ditadura pegou ele e o substituiu por um
replicante.cosita três: quem disse que eu sei contar? Cuidado com Big Brother Echelon (ver Gazeta Mercantil 4-6 de junho) que o próximo engano da Otan pode ser a sede da Casa de Cinema.
cosita quatro: y quando vuelvan las peladas?
Tchai. Peter Krause
peter_s_k@yahoo.com
(137) Paulo César Teixeira (Foguinho)
Assunto: PROCURA-SE UM EDITOR
Data: 7 de Junho de 1999
Nota do editor: a carta do Foguinho, que era pra ter sido publicada aqui, ficou grande demais para esta seção. Por decisão editorial, passou a fazer parte do "Texto ao vivo".
Assunto: NÃO-ODARA!
Data: 7 de junho de 1999
Li a carta do Foguinho (Paulo César Teixeira), lá em baixo, nessa página mesmo, e confesso que não entendi direito. Li de novo, pedi ajuda pro Giba e acho que agora saquei. E até concordo com ele (o Foguinho). Fica mesmo chato ficar publicando essas cartas elogiosas. Até parece que a gente concorda com elas. Daqui pra frente, proponho a censura a qualquer opinião favorável seguida de adjetivo. Fiquemos nos substantivos. Concretos, de preferência. Mas, meu amigo Foguinho, tem uma coisa que não engoli. Esse negócio de "novos donos do NÃO". Eu sou um novo dono do NÃO? Puta que pariu. Vai à merda. A Casa de Cinema, da qual sou sócio, paga uma grana por mês para manter o NÃO no ar. Eu trabalhei pra caralho, editando dois números e publicando, até o mês passado, todas as cartas, com razoável agilidade. Eu suei (mesmo) pra fotografar todas aquelas garotas e escrevi um monte de merda. Tudo de graça! E agora sou um "novo dono do NÃO" e responsável pela decadência ética deste veículo - outrora verdadeiramente anárquico, e agora um simples aparelho do PT? Puta que pariu. Vai à merda de novo. A única pessoa que tá posando de "dono" é tu, com essa postura de "fundador" do NÃO e guardião das verdadeiras origens. Só te perdôo porque moras no Rio de Janeiro, cidade que destrói referências culturais e constrói unanimidades burras.
Mas, agora falando sério: Foguinho, tens toda razão! Essa coisa de privilegiar a não-ficção e a discussão política tá ficando chato. O NÃO precisa ser mais livre, leve e solto. Lanço, neste solene momento, uma dissidência ao NÃO, que está em crise, sem editor, atrelado a um partido político e sob o tacão de dois donos prepotentes e sérios demais: Giba Assis Brasil e Jorge Furtado. Eles tomaram o poder pra concretizar seus propósitos inconfessáveis de concorrer à prefeitura de Porto Alegre e tornar o NÃO um órgão oficial, bancado pelos impostos dos cidadãos. Então, lanço oficialmente o NÃO-ODARA, em que só serão publicados versinhos, figurinhas bacanas, garotas peladas, ficções cheias de sexo, piadas velhas e comentários ao novo visual de Antônio Britto. Tô falando sério. O NÃO-ODARA será uma seção especial do próximo NÃO, seja quem for o editor, e abrigará as contribuições dos excluídos, dos párias e até dos poetas. Enviem seus textos gays, suas bobagens machistas, suas criações pornográficas, seus hai-kais de perna quebrada diretamente pra mim, em gerbase@zaz.com.br. Viva o NÃO-ODARA! Quem gostar da minha proposta, envie cartas de apoio imediatamente. Mas sem elogios, por favor, ou seremos criminosamente boicotados. Sugiro coisas como: "O NÃO-ODARA é uma proposta de merda, o Gerbase é um idiota, mas talvez eu envie uma bosta qualquer." Eu mesmo vou publicar as cartas, se não o Giba nos censura. E tu, Giba, não ouses retirar esta e as próximas cartas da seção! O NÃO-ODARA veio pra ficar! E o Caetano que também vá à merda.
Carlos Gerbase
gerbase@zaz.com.br
Data: 7 de junho de 1999
Assunto: O VERDADEIRO ARTISTA
Indico o companheiro Foguinho para editor do Não 64. Melhor dizendo: desafio o Foguinho a ser o editor do Não 64. Se ele não aceitar, vou espalhar por aí que ele gostou do Orfeu.
Concordo inteiramente com o esculhacho aos auto-elogios publicados na sessão de cartas. Publicar elogios a si mesmo é falta grave, sete pontos anotados na carteira do editor.
Achei muito bonita a idéia de que o "verdadeiro Não" é "aquele que nunca foi escrito". Cabe bem nos lábios do "verdadeiro artista" que, como se sabe, "tem sempre um tanto de insanidade".
Foguinho nos informa que o Caetano disse a ele que costuma tornar públicas todas as suas dúvidas. Deve ser mentira, Foguinho, acho que é só uma frase. Espero mesmo que o Caetano tenha mais dúvidas do que as que torna públicas. Espero, por exemplo, que ele tenha dúvidas sobre sua desastrada participação em Orfeu, que tenha dúvidas sobre seu apoio público a FHC, ACM ou sobre seu aval ao axé-bunda-music ou Daniela Mercury. (Quem o Foguinho chama de "cachorro morto" foi a carinha escolhida pelas agências de publicidade para lançar a candidatura de ACM à reeleição. Hélio Fernandes acha que ele é velho para concorrer e pouco conhecido no sul. Não sei, é melhor não facilitar.)
Pobre do Mário Quintana, é sempre sacado pelos que apontam – o que mesmo apontam? – ah, sim, qual "o verdadeiro mal dos escribas de esquerda". Ai, os "verdadeiros artistas", procurando "o verdadeiro mal" para expô-lo cruamente no "verdadeiro Não", aquele que "nunca foi escrito". Esquecem que os poetas – me refiro ao Mário Quintana - podem escrever sobre o que bem entendem. A matéria prima da poesia não é a realidade, é a palavra. Já quem quer fazer jornalismo – ou qualquer coisa parecida – não pode ter a menor intenção de parar de roncar. É dever cívico. E os passarinhos que se fodam.
Jorge Furtado
jfurtado@portoweb.com.br A>
Assunto: SEXUS BROCHANTIS
Data: 5 de Junho de 1999
Nihilistas criaturas.
Mesmerizado por tão gentis minuanos têxteis (de TEXTO), permito-me criticar o NÃO 63 - do qual o Giba me "ceifou" (hehehe) - apenas e somente pra marcar a presença de certa forma. Well, lá vai:
A) Simone Marques, não me faças pegar nojo de tua criação horrenda; o tal do p... desatarráxvel. Já pensou se algum macho inventa a periquita lacrável ou, ainda, os peitinhos escamoteáveis?... E mais, caso tu não tenhas te tocado (ui, que verbo mais bem empregado...!), o fato do falus portatilis ser adquirido a granel explode com a "garantia de fidelidade" por ti alardeada, mina! Ia ter neguinho colecionando pingolim e guria às pencas! Mas o que ferra MESMO com a coisa, pra valer, é dizeres que o artefato seria distribuído pelo Ministério da Saúde. Aí, nêga, babau...!
B) O Dogma 99 do Tomás tem lá a sua validade, mas embarca numas de maionese pura... Começando pelos valores atribuídos para longas e curtas, isso pode virar Portaria do MinC e daí... tamo fuzilado, indiada medonha! No mais, apóio as medidas do pântano e para Carolina / Luana... hehehe.
C) JOÃO & MARIA: ôrra, meus! E eu que hesitei em mandar "A VAMPIRA E O POLAQUINHO" pro Giba, temendo ser "explícito demais"... Dancei...
D) BNDESEX: Replay pode?..............
Depois mando mais.
Abraços 1000! J.Olímpio
jolimpio@mais.sul.com.br A>
Assunto: A VERDADE SOBRE OS 500 ANOS
Data: 4 de Junho de 1999
Caro Jorge Furtado, percebi um engano nas suas contas sobre os 500 anos do Brasil. Acompanhe meu raciocínio.
Se em 1582 foram limados 11 dias do calendário, significa que os anos entre 1500 e 1582 tiveram 376 dias cada um, correto? Sendo assim, entre 1500 e 1582, tivemos 30.832 dias (376 x 82 = 30.832). De lá pra cá, foram 418 anos com 365 dias cada um, mais os 122 dias do total de anos bissextos. Isso dá 418 x 365 + 122 = 152.692 dias. Somando esse número ao primeiro, teremos 152.692 + 30.832 = 183.524 dias. Considerando que 500 anos equivalem a 182.622 dias (e levando em conta que minha calculadora funciona) veremos que os 500 anos do Brasil serão comemorados com 902 dias de atraso!!! Não tenho saco pra fazer todas as contas, mas creio que nosso aniversário foi lá por outubro de 1997!!! O Brasil já tem 500 anos e ninguém sabia!!! Avisem o FHC!!! Será que o Hans Donner esperava por essa? Será que a gente consegue alguma grana vendendo essa informação para tablóides londrinos?
Abraços. Gabriel Britto
gabriel@centro.com.br
(Não, eu não tenho nada a ver com nosso ex-governador-escondido-em-algum-spa-de-São-Paulo.)Nota do editor: A conta está certa, mas o teu raciocínio falha na base, Gabriel. O papa Gregório mandou cortar 10 dias DO ANO DE 1582, e não de todos os anos anteriores a ele. (Aliás, quem cortou 11 dias foram os ingleses e americanos, porque só foram fazer a correção do calendário quase 200 anos depois.) Os anos têm 365 dias desde muito antes de Cristo. Aliás, volta na matéria do Jorge, que tem umas conexões interessantes sobre o assunto. E, da próxima vez, confere melhor os dados antes de sair fazendo contas. Um abraço, Giba.
Assunto: 500 ANOS
Data: 3 de junho de 1999
Concordo com o Jorge Furtado: os "marcos" do tempo, esses números redondos com que os senhores do mundo alimentam a mídia, não têm qualquer sentido. Ou, como disse brilhantemente o Saramago, são parte das inúmeras incoerências do mundo que, em seu
conjunto, adquirem uma notável coerência. Enfim...Não considero existir um excesso de "petismo" no Não-62. Por que repor a verdade causa tanto desconforto? Despida a paixão, qualquer criatura com mais de dois neurônios pode compreender quão tendenciosa é a imprensa oficial. A questão é se as pessoas querem entender.
Igor Freiberger
iff@conex.com.br
Assunto: PETISTAS DEMAIS?
Data: 3 de Junho de 1999
Alô, Jorge & Cia!
Conheci o site de vocês há algumas semanas, quando a Íria me deu a dica, depois de bater um grande papo sobre a falta de notícias DE VERDADE sobre o Governo do Olívio. Se vocês aí só tem ZH, imagina a gente, na Ilha (Floripa), sem ter aquele papo de redação ou de bar, que quebra o esquemão da mídia neoliberal...
O cartum do Santiago virou meu papel de parede, e tenho mandado para todos os amigos, junto com a dica do nao-til, claro! Os artigos da época da campanha me lembraram o clima que vi aí na reta final, e fizeram com que eu me emocionasse de novo, com aquela coisa loca que vi (e vivi) em Porto Alegre naqueles dias. (levar bandeira para passear, por favor!!)
Por isso tudo, me assustou o Jorge falar que "reclamaram do petismo extremado do último número". Porra, gente! NÃO sou filiada ao PT, ODEIO aquelas publicações "sérias" do partido, VIVO criticando o sectarismo e a arrogância de algumas tendências que predominam e colocam em risco a idéia maior do tal do Partido dos Trabalhadores... Então, por favor! Acho que tenho senso crítico o suficiente para opinar que vocês não estão sendo "petistas extremados" coisa nenhuma, que vocês estão conseguindo passar uma versão dos fatos que ninguém passa, e que a gente está carente de conhecer. Principalmente aqui, fora do Rio Grande, torcendo para que tudo dê certo e que esta onda se espalhe. Quem sabe, para contrariar a história, a aldeia gauchesa vence os romanos, se espalha, e conquista a Pindorama?!
(Em tempo: a "Ìria", é a Pedrazi, ex-zh. E enderecei para o Jorge lembrando que ele foi meu coleguinha de Fabico, nos idos de 81/82).
Um abração e, por favor, sobrevivam!!
Suzete Antunes
suzi.antunes@brasilne t.com.br
Assunto: 500 ANOS
Data: 3 de Junho de 1999
Dentro do assunto "500 anos do Brasil": cês viram a frase de um índio pataxó?
"O que vocês festejam como descoberta, pra nós foi o começo da destruição."
(pausa pra reflexão)
Abraços. Gabriel
gabriel@centro.com.br
(129) Paulo César Teixeira (Foguinho)
Assunto: O NÃO É DE NINGUÉM
Data: 2 de junho de 1999
o "genial" Gerbase, Jorge, tua resposta estava tri, coisas do gênero jamais fizeram parte do verdadeiro Não, aquele que nunca foi escrito, esse puxa-saquismo dos arautos da província volume 2 é constrangedor. aliás, a reação "orgânica" dos novos donos do Não deve ser um músculo contraído e um riso amarelo. sugiro o tema: o PT e os 500 anos, quem apóia o PT e os 500 anos, quem apóia mais ou menos o PT e os 500 anos, quem nunca apoiou o PT e agora está quase apoiando e os 500 anos etc. essa coisa de ser a voz sensata que coloca os pingos nos is e restaura a racionalidade é medíocre. no fundo, os editorialistas que se levam a sério nunca se expõem, não duvidam, não mostram contradições, sua verdade é lisa, plana, certinha, cara lavada e "inteligente". não mancha nem desbota. o verdadeiro artista tem sempre um tanto de insanidade. parece que o mal dos escribas de esquerda é que eles acham que, no fundo, estão com a razão. que durmam com ela e parem de roncar. como diria mário quintana, estão perturbando o sono dos passarinhos. "as perguntas que eu me faço, eu as faço publicamente", me disse caetano veloso. tchau.
ps: bater em daniela mercury é chutar cachorro morto. pega um do teu tamanho, índio velho!
Paulo César Teixeira (Foguinho)
pauloejaque@uol.com.br
Assunto: PESQUISA UFRGS/RBS
Data: 31 de Maio de 1999
Gostariamos de comunicar que estamos organizando um painel para discutir a pesquisa RBS/UFRGS sobre as montadoras, no dia 01/06 as 9:00 no auditorio do ILEA (Instituto Latino-americano de Estudos Avancados) no Campus do Vale.
Alem disso, nos professores do Departamento de Estatistica da UFRGS (que nao participamos da pesquisa, pois esta foi realizada exclusimente pelo CEPA da Faculdade de Administracao) elaboramos um relatorio questionando alguns pontos da metodologia, o qual foi enviado a Reitora.
Aproveitamos a oportunidade para convida-lo para assistir este painel.
Profa. Suzi Alves Camey, Comissao Organizadora do Painel.
Assunto: REFLEXÕES SEM DOR
Data: 25 de maio de 1999
De tanto ouvir os comentários sobre o NÃO, resolvi fazer uma visita ao sáite de vocês hoje durante o horário de almoço (já que estão de "pegação no meu pé" aqui no setor) e achei interessante o comentário do genial Gerbase (edição 61) sobre, digamos assim, "crise de identidade". Mas será que estamos (digo "estamos" porque também já não sou mais guri, faço 30 agora dia 10) errados em não sermos iguais aos outros? Ainda mantemos (ou, ao menos, eu ainda mantenho) aquele espírito de contestação, mesmo que ao nosso modo, principalmente o próprio Gerbase, que ainda hoje lidera uma das bandas mais "avessas" da história do Rio Grande do Sul. As perdas de identidade e de autoreferência são o primeiro passo para a destruição da própria pessoa, assim como de projetos, idéias ... Ainda hoje me chamam de maluco por, aos 28 anos de idade, ter comprado uma guitarra e um Marshall
para tocar punk, enquanto a minha mulher escuta música de CTG. Respeito, mas não mudo as minhas idéias. (...)"O homem que abandona os seus sonhos é um homem morto"
Rodrigo Gonçalves Stella
P.S.: Gerbase, onde eu consigo uma fita com os vídeos dos Replicantes?
Assunto: RESPOSTA
Data: 24 de maio de 1999
Jorge: A tua resposta a Allan e Athanásio tá uma obra... não podia deixar de dizer, tá um sarro, tri boa. Vocês já viram que o Arauto da Província (ouvi isso na Ipanema) agora está sendo distribuído de graça? Essa semana todo mundo no meu prédio vai ganhar a semana toda...Indício de grave crise, ou tem sobrado muitos exemplares encalhados? Bom, prá fazer fogo na lareira com este friozinho é tri. Beijos aos amigos do NÃO.
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