Não era assim:
 
O Não surgiu em março de 1975, quando a maioria de seus colaboradores tinha entre 17 e 18 anos e estava entrando na Universidade. A princípio uma espécie de "boletim de convivência", ele foi evoluindo à medida que o círculo de envolvidos aumentava e as suas preocupações iam se tornando mais "adultas".

O Não teve vários nomes (Impressão, Bagaço, Ex-calado), mudou algumas vezes de formato (a princípio em tamanho caderno, depois ofício e até mesmo tablóide) mas manteve sempre a sua idéia básica: um jornal feito artesanalmente, com um único exemplar que circulava de mão em mão a cada número, e em que as únicas funções do "editor" (cargo definido por revesamento entre os colaboradores) eram juntar o material, fazer uma capa e um índice.

Assim era, e assim durou até 1983, quando saiu o 52º e último número. O Não que surge na Internet, 15 anos depois, é evidentemente outra coisa. Mas esta seção tem o objetivo de mostrar que, ao contrário das evidências, as coisas se relacionam.
 
  


Capa do Não 28, publicado em março de 1978. Bic verde sobre papel e colagem de revistas. (25 kB)
Capa do Não 42, de agosto de 1980. Olivetti sobre papel cartão amarelo. (78 kB)
Duas páginas não numeradas do Não 42, com algumas frases soltas e o começo de uma longa transcrição de entrevista.
(213 kB)


 
 
Estréia de Wander Wildner no Não (Nº 37, de agosto de 1979): uma montagem fotográfica familiar a partir de um bilhete da mãe para a irmã. Wander está na foto maior (embaixo, à direita). (33 kB)
Dois cartuns de Heron Hugo Heinz, publicados no Não 50, de dezembro de 82. Hidrocor sobre verso de folha de computador da Procergs (87 kB).

A AMBIÇÃO AFRODISÍACA DO ARVOREDO BALZAQUIANO
Primeiro capítulo da novela coletiva de Giba Assis Brasil, Ricardo Cordeiro e Heron Hugo Heinz;
publicado em Impressão 1 (primeiro número do Não), em março de 1975.

MANIFESTO NÃO
Publicado no Não 28, de março de 1978.

25 DE MARÇO DE 1978
Texto de Paulo César Teixeira, publicado no Não 29, de abril de 1978.
 
EX-CALADOS AUTÔNOMOS
Reportagem fictícia de José Luiz Lima, publicada no Não 29, de abril de 1978.

PRA QUE RIMAR AMOR E DOR?
De Paulo César Teixeira, publicado no Não 31, de junho de 1978.

DUAS OU TRÊS COISAS QUE EU SEI DELA
Ensaio sobre o futuro de Porto Alegre, por Sérgio Lerrer, publicado no Não 31, de junho de 1978.
 
PRA LER NA LUZ DO SOL
Palimpsesto de Paulo César Teixeira, Não 32, agosto de 1978.
 
TEORIA DA NÃO-PRÁXIS
Ensaio pré-antropológico de Alberto Groisman, publicado no Não 34, de outubro de 1978.
 
CONVOCAÇÃO GERAL
Pré-texto de Sérgio Lerrer e Giba Assis Brasil para o Não 39, outubro ou novembro de 1979.
 
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Texto pós-estudantil de Giba Assis Brasil, publicado no Não 43, de novembro de 1980.
 
NA GUERRA SE GANHA, SE PERDE E SE EMPATA
Texto de Carlos Gerbase, publicado no Não 49, de maio de 1982.